Pablo Morales.
Rodolfo Retamales.
Omar Hermosilla.
Vinicio Aguilera.
Francisco Solar.
Felipe Guerra.
Camilo Pérez.
Carlos Riveros.
Mónica Caballero.
Andrea Urzúa.
Quando foi a última vez que te apresentaste diante do mundo com teu rosto de pedra, cantaste aos espíritos, deixaste que a água corresse por tuas gretas e com as gotas que caiam da ponta de teus dedos, rasgaste as terras que agora choram submersas sob o medo?
Pela liberdade do/as preso/as anarquistas do Chile, pela liberdade de Víctor Herrera, Abraham López, Adrián Magdaleno González e de todo/as o/as nosso/as companheiro/as preso/as em todo o mundo!
Pela extensão da guerra social!
Pela insurreição generalizada!
Pela demolição dos cárceres!
Pela destruição do Estado-Capital!
Pela Anarquia!
Companheiro Maurício Morales: PRESENTE!
No sábado, 14 de agosto, em plena madrugada, no meio de um forte dispositivo policial e com a cumplicidade dos meios de comunicação de massas chilenos, se levou a cabo mais uma montagem sem escrúpulos contra os grupos anarquistas e o/as lutadores/as antiautoritário/as, com a polícia invadindo com extrema violência o Centro Social Okupado e Biblioteca Sacco y Vanzetti; o Centro Social Autônomo e Biblioteca Libertária Jonny Cariqueo; o Centro La Crota e uma dezena de domicílios particulares em Santiago do Chile e Valparaíso, detendo catorze companheiro/as sob as acusações de “associação ilícita” e “colocação de artefatos explosivos”.
Depois de dezessete horas de “formalização de encargos” e do minucioso registro de informação, foram posto/as em “liberdade com medidas cautelares” seis companheiro/as do grupo do/as catorze detido/as; continuando seqüestrado/as pelo Estado o/as companheiro/as Andrea Urzúa Cid. Felipe Guerra Guajardo, Francisco Solar Domínguez, Omar Hermosilla Marín, Mónica Caballero Sepúlveda, Pablo Morales Fuhriman, Rodolfo Retamales Leiva e Vinicio Aguilera Mery; segundo os encargos impostos pelo fiscal Alejandro Peña, com a vênia do Ministro do Interior, o fascista Rodrigo Hinzpeter.
A Guerra Social não tem fronteiras; os inimigos que hoje encerram nas prisões do Chile os/as nosso/as companheiro/as, também são nosso/as inimigos - porque são os inimigos de todo/as o/as explorado/as e oprimido/as da Terra, os cicários guardiões do Estado-Capital - e sabendo bem isso o/as protagonistas anti-autoritário/as das lutas libertárias no Chile esperam a nossa decidida solidariedade.
Hoje, a Solidariedade Direta volta a ser a arma mais vigorosa do/as oprimido/as e explorado/as, diante do olhar atônito dos maquiadores da sociedade do espetáculo, dos vendedores de ilusões e esperanças. Uma vez mais os títeres não puderam mover a tempo os fios ocultos que freiam os desejos insurrecionais do/as excluído/as, por isso dizemos presente a este novo chamado à solidariedade internacionalista, da mesma maneira que souberam responder, há pouco tempo, os/as nosso/as companheiro/as chileno/as ao chamado à solidariedade com o/as nosso/as preso/as.
O alastrar da luta e a sua dinâmica voltam a mostrar que a insurreição libertária não é coisa do passado, mas que se materializa em antagonismo cotidiano, deixando para trás e para sempre a resignação, a alienação e a espera pelo “paraíso prometido”.
Hoje voltamos a ser o pior pesadelo do Poder, a força selvagem que fará arrebentar, aqui e agora, o Estado-Capital.
Por isso o nosso chamado à Solidariedade Direta com os Oito do Chile, é o chamado a estender a Guerra Social, o chamado a abandonar os protestos inúteis e as cartas com súplicas e exigências. Como anarquistas insurrecionalistas, sabemos que a nossa tarefa é a destruição total do Estado-Capital, por isso convidamos e encorajamos a todo/as a ir para além do discurso articulado, a partir do conforto e comodidade do computador, para a libertação do/as nosso/as companheiro/as.
No entanto, estamos conscientes dos perigos que enfrentamos nesta necessária luta frontal contra o Estado-Capital e também por isso chamamos à precaução. Trata-se de se fazer libertar os/as nosso/as preso/as, não de encher as prisões do inimigo. O Estado-Capital se beneficia com os nossos equívocos. Triunfa cada vez que consegue capturar um ou uma companheiro/a e colocá-lo/a atrás das grades. Por isso é importante planejar bem as nossas ações; escolher adequadamente os nossos objetivos e compreender perfeitamente o sentido revolucionário da ação direta e da propaganda pelos seguintes motivos:
• Contagiar com o indomável espírito insurrecional todo/as o/as excluído/as;
• Contribuir com cada ataque para o desenvolvimento do movimento real do/as excluído/as.
Arranquemos das garras do Estado-Capital os/as nosso/as companheiro/as chileno/as!
Resgatemos das suas masmorras Andrea Urzúa Cid, Felipe Guerra Guajardo, Francisco Solar Domínguez, Omar Hermosilla Marín, Mónica Caballero Sepúlveda, Pablo Morales Fuhriman, Rodolfo Retamales Leiva e Vinicio Aguilera Mery!
Saquemos dos seus cárceres Víctor Herrera, Abraham López, Adrián Magdaleno González e todos os/as nosso/as companheiro/as preso/as em todo o mundo!
Que viva o esplendor do fogo antagonista, o rugir ensurdecedor dos cadeados, o zumbido alegre das rochas arrebentando contra os escudos e os capacetes dos guardiões-lacaios do Estado-Capital!
Que se ilumine a noite!
México, Planeta Terra, 21 de agosto 2010.
Rabia y Acción
Coordenadora Insurrecional Anarquista
La Conspiración del Fuego
Tradução > Liberdade à Solta
agência de notícias anarquistas-ana
Haicaizar
Haicai
Enraizar o encanto
Karlinha
O embaixador do Chile no México, Germán Guerrero, foi ameaçado de morte por desconhecidos que o advertiram, em dois e-mails, que o matariam se não forem liberados os anarquistas detidos em Santiago em 14 de agosto, revelou à agência EFE uma fonte policial.
As mensagens foram recebidas em 24 de agosto, às 20:45 no horário local, e assinadas com “Células Autônomas de Revolução Imediata”, precisou a fonte.
A fonte confirmou ainda à agência EFE que na passada quarta-feira foram recebidos outros dois e-mails ameaçadores na embaixada do México no Chile.
Os autores das mensagens de quarta-feira à embaixada mexicana ameaçavam com “fazer voar” a sede diplomática “se não libertarem os nossos contatos no Chile”.
“Se em fevereiro (a embaixada) já ficou semi-destruída desta vez destruí-la-emos completamente”, dizia um dos e-mails em alusão a um ataque com pedras e paus que no passado dia 11 de fevereiro sofreu a delegação diplomática e que ocasionou vários danos.
Os e-mails advertiam também para que alguns funcionários da delegação tivessem cuidado com os seus familiares no México e recordava-lhes que nesse país “funciona o crime organizado”.
A Polícia de Investigações (PDI) está realizando perícias aos correios eletrônicos e investiga os antecedentes técnicos das contas de que foram originários, com o objetivo de chegar aos autores.
Os primeiros antecedentes apontam para que as mensagens eletrônicas tenham a sua origem no México.
Tradução > Liberdade à Solta
agência de notícias anarquistas-ana
bambu quase quieto,
voltado para o poente,
filtra a luz da tarde.
Alaor Chaves
A hegemonia do Poder foi colocada em cena no dia 14 de agosto por volta das 7 a.m., quando efetivos do GOPE entram no lugar onde moro ou morava, a casa okupada “La Crota”, tirando a cortina de nossa biblioteca, o CDAI (Centro de Documentação Anarquista Itinerante), amarrando-a a um automóvel. Ao escutar o estrondo, pude apenas sair ao pátio onde a polícia, armada até os dentes e com sua prepotência característica, me levam. Posteriormente sou levada a um local onde me foram lidas as acusações pelas quais estou sendo detida. Dentro do mesmo procedimento me efetuaram um exame nas mãos, no qual se buscavam traços de explosivos. Tal exame foi feito sem estar a par nem me explicarem nada: erro garrafal de minha parte. O mesmo exame é realizado em duas pessoas que se encontravam em meu amado lar, Vinicio Aguilera e Diego Morales, o qual é a única prova que a polícia possui para nos culpar.
Me despedi de meus companheir@s irmãos/ãs, canin@s e felin@s. Um de meus companheiros de 4 patas jamais deixou de grunhir para a polícia. Não se afastou de nós. Acariciei seu lombo e me levaram até a parte dianteira da casa, a biblioteca (CDAI), que estava destruída, como um postal clássico dos regimes totalitários. Neste momento me foram colocadas as algemas que me acompanhariam por várias horas em repetidas ocasiões. Ao sair de meu amado lar, o qual o fiscal chamaria de “centro de poder”, a imprensa buscaria a tomada e/ou foto perfeita dos “colocadores de bombas”. Só receberam nosso mais profundo desprezo. Com a cabeça nunca abaixada, aproveitei a ocasião para vociferar um lema pel@s pres@s mapuche, que atualmente se encontram em greve de fome. No carro da polícia consegui ouvir alguma notícia difusa. Ao chegar à 33 Delegacia encontrei vári@s na mesma situação que eu e certamente continuariam chegando. Somos 14. O controle de detenção se encontrava cheio de companheir@s, amig@s, familiares, afins, irmãos/ãs, @s quais assim como nós sentiam a incerteza. Associação Ilícita Terrorista e colocação de artefato explosivo são as acusações que me fizeram. A formalização se realizaria na terça-feira.
Ao saírmos da sala conseguimos escutar os gritos cheios de ira e raiva d@s noss@s. Gritos que remexeram o mais profundo e encheram de força para o que vem. Não estamos sós!! Suas ações e atitude me enchem de orgulho!! A espera pela formalização das acusações foi eterna. Incomunicáveis, sem ver nada das notícias, sem sequer um lápis. Ao chegar o dia no qual o Poder trataria de nos deixar o maior tempo possível na prisão, conseguimos por entre as grades e algemas tocar as mãos de noss@s companheir@s e a gritos cruzar alguma palavra.
Na audiência se restringiu a entrada a um familiar por cada acusad@. A Igreja se somava desta vez a Promotoria Sul e o Ministério do Interior. O promotor Alejandro Peña começou sua verborragia com os alicerces de acusação de Associação Ilícita Terrorista (a qual só existe na sua cabeça). Segundo este, a organização é informal, democrática e horizontal. Nos causou riso ao dizer. Tantos anos de investigação para tão complexa resolução? Que precária mentalidade para tão ilustres funcionários. Posteriormente segue com as provas de cada acusad@: elementos como livros, fotos, escritos, escutas telefônicas, PCs, pendrives, vídeos, cartazes e, provavelmente, este mesmo comunicado seriam o sustento de nossa periculosidade. Como se o circo fosse pouco, em um ato maquiavélico e cruel do tão respeitado promotor, mostra fotografias de Maurício Morales morto após detonar o artefato explosivo que estava direcionado à escola de carcereiros, em maio de 2009. Buscava nos quebrar, mas apenas alimentou nosso ódio. Uma grande prova seria a declaração de Gustavo Fuentes Aliaga, vulgo “El Grillo”, traficante que no dia 31 de dezembro de 2008 apunhalava 7 vezes a sua esposa, Candelaria Cortéz-Monroy. 180 dias de investigação são os que outorgou o juíz.
Mas já não seríamos 14, mas 8. Seis companheir@s não permaneceriam sequestrad@s nas masmorras do capital. Um forte abraço para el@s. Não lhes basta os 4 promotores e os anos de investigação para buscar novos antecedentes para montar uma artemanha de proposições e assim nos deixar na prisão.
Atualmente me encontro no SEAS (Sessão de Alta Segurança) do CPF (Centro Penitenciário Feminino) de Santiago. Continuarei com minha dieta vegana. A luta contra a dominação não se negocia até as últimas consequências. Orgulhosa do que sou e dos meus, abraço cada gesto de solidariedade e rebeldia. Não me calarão. Ninguém mais que o indivíduo pode ou tem que lutar por sua liberdade, nada mais do que movido por seu coração. Que a natureza selvagem proteja os queridos felinos que correm pelos telhados e não chegue uma noite de negros augúrios. E a tod@s hoje e sempre:
“Nem deus, nem mestre”
Com o coração feito merda, mas latindo mais forte do que nunca!!
Pelo fim de toda dominação e exercício de autoridade, procurem que viva a anarkia!
Mónica Caballero, SEAS, CPF, Stgo de $hile. Presx Anarquista
Bem-vind@ ao Chile, sociedade de cárceres e carcereiros:
SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL
com @s 14 sequestradas e
sequestrados pela
“democracia” no Chile!
No sábado passado, 14 de agosto, nas cidades de Santiago e Valparaíso, uma ação coordenada por policiais de todos os tipos e parafernálias (GOPE, forças especiais e labocar) invadiram violentamente três centros sociais ocupados e várias casas particulares em cinco comunas, intimidando com armas de guerra, quebrando janelas, portas, e confiscando material de todos os imóveis.
14 detid@s que ignoravam o porquê de sua detenção, dos quais 3 dias depois, 6 deles saem em liberdade condicional por falta de provas, enquanto as pessoas detidas são isoladas no cárcere de segurança máxima, esperando por um processo de investigação de 180 dias, correndo risco de pegar 20 anos de cárcere, por uma suposta associação ilícita terrorista na qual se delegariam o trabalho de confecção e detonação de bombas que explodiram nos últimos tempos na capital. Esta associação estaria constituída, segundo a promotoria, de hierarquias e “cabeças”, suposição absolutamente contraditória se falamos que a maioria d@s sequestrad@s, por convicções ideológicas anarquistas, se opõem rotundamente a líderes e hierarquias…
Este tem sido o resultado de seu espetáculo atual, um desfecho perfeito para os titereiros e carcereiros do poder de plantão, e sobretudo para estes honestos cidadãos, que tanto gostam da paz dos mortos, que com sua ajuda, vão apagando a história d@s oprimid@s, com simulações, prisões e resignações.
“O caso bombas” é o nome que sucessivas vezes volta às manchetes como uma novela em capítulos, na qual os atores principais; ministro do interior, promotor e suas polícias sequazes, fazem o necessário para capturar @s “indesejad@s” anarquistas.
O início do midiatizado “caso bombas”: saga de perseguições policiais, na qual os protagonistas fizeram seu debut, como remonta o dia 10 de setembro de 2006, às vésperas de uma data histórica no Chile, em que alguns/mas recordam lamentando a seus mortos e desaparecidos na ditadura, enquanto outros e outras manifestam seu descontentamento pela falsidade da democracia, que não mudou muito em relação à ditadura.
Neste contexto de protestos, no qual uma bomba molotov é lançada contra o Palácio do Governo, as imagens deram a volta ao mundo, o símbolo da democracia aliancista ficou em pedacionhos, seu ponto fraco; o fator fraternal unificador de esquerdas havia sido alterado.
Duas semanas depois do ocorrido, um vasto contingente policial invadia a okupa “la mansión siniestra”, prendendo 6 pessoas que, para sua surpresa haviam se tornado, graças ao trabalho da imprensa, uma associação ilegal:”fabricantes de bombas molotov”, “delinquentes violentos”, “vândalos”. Um cenário não muito distinto do que hoje vivem @s 14 compas acusad@s.
Neste contexto, a policia, que não contavam com sua astúcia, de que suas evicências não tinham nada de concreto, já que os materiais encontrados para a confecção de bombas que supunham eram simples utensílios domésticos comuns. Os molotovs nunca existiram. Durante o processo de formalização, os 6 protagonistas desta história, eram a pior aberração moral existente, e a opinião pública até então legitimava a condenação de até cinco anos que lhes estavam dando de cárcere. Mas OPS… Erro! As suposições eram falsas, a montagem policial havia se revelado. Finalmente estas seis pessoas não cumpriram a pena que lhes tinham sentenciado, e depois de onze dias presos no cárcere de segurança máxima saíram em liberdade. Como é de se esperar, nenhuma instituição respondeu pelos danos e castigos corporais e psicológicos irreparáveis, nem pelos pertences apreendidos d@s companheir@s.
4 anos se passaram desde este incidente, e neste percurso, as montagens, desigualdades e repressões estão na ordem do dia…
Para dizer APENAS ALGUNS exemplos concretos: segundo a pesquisa de “caracterização socio-econômica nacional” (casen), a brecha econômica aumentou de 13% a 15% desde 2006, e ainda assim a programação do governo pretende gastar 135 milhões de pesos para construir, a partir desde ano, 10 novos cárceres, que em seu total somariam mais de 16 mil e 500 novas vagas ao atual sistema penitenciário; também não é menos importante saber, por fontes do mideplan, que 64% da população penal é analfabeta ou não completou seus estudos básicos, ou seja, as pessoas mais pobres e marginalizadas do sistema. Ficando claro que interessa investir para o sistema no encarceramento ao invés da educação. Entretanto estes cárceres necessitam de carcereiros…
Depois que a coalizão esteve uma década encarregada de governar, assassinar a 42 pessoas, e favorecer, ao invés de mudar, como no início prometeu, o desenvolvimento da “constituição política do Chile” da ditadura, fortalecendo-a mediante reformas, e continuando com a tradição de criminalização dos movimentos sociais, com o aperfeiçoamento da lei anti-terrorista - em que uma de suas modificações é colocar os policiais como “testemunhas de fé”, proporcionando-os assim veracidade para as montagens contra aquel@s que representam uma ameaça para seu sistema, entre outras barbáries.
Chega o ano 2010, o turno da “coalizão pela mudança”, com Sebastian Piñera no poder. Pró-ditadura, colaborador número um no estabelecimento do modelo neo-liberal, não esquecemos ainda que foi ele quem brindou aos chilenos e chilenas a oportunidade de ter cartões de crédito para viver trabalhando e assim pagar suas dívidas, mas por sobre todas as coisas, hoje, saibam, muito famoso por seu lema “batalha contra a delinquência”, em que nos demonstra sua efetividade no que se refere à suposta “segurança”. Em outras palavras e para ser um pouco menos moderad@s por fim: carcereiros que asseguram a propriedade de seus colegas empresários. E que para certificar-se de que assim funcione o Sr. presidente desenvolverá o reforço da repressão contra a população historicamente reprimida, aumentando o contingente policial para 15 mil carabineiros e policiais civis, que já se apresentavam há alguns meses atrás com um incremento de seus salários de 18%. É assim que a “batalha contra a delinquência”, além de ser um método exemplar para demonstrar a ineficácia da coalizão, irrompeu tragicamente em nossas vidas.
Hoje somos colocad@s como seus bodes expiatórios, como dementes em uma vitrine midiática, para ganhar “simpatias morais’ entre @s expectadores e legitimar assim seus triunfos, tão cobiçados por estes novos carrascos, que por sua vez, com esta caçada encobrem outros fatos, intencionalmente invisíveis para os meios, como a greve de fome de 32 prisioneiros políticos mapuche, que lutam contra a adversidade da justiça chilena e que exigem seus direitos naturais. Ou o que também omitem: ao utilizar o equipamento mais barato que o efetivo para resgatar 33 mineiros presos há vários dias.
Hoje 14 companheir@s, entre el@s, anarquistas, comunicador@s e lutador@s sociais, solidári@s às causas injustas, participantes recorrentes de centros sociais ocupados abertos onde funcionam bibliotecas, videotecas, hortas, se compartilha e questionam idéias e ações, em fóruns e atividades de maneira horizontal são automaticamente criminalizad@s. Aos promotores bastam evidências muito ambíguas para privá-l@s de sua liberdade, como por exemplo uma chamada telefônica interceptada onde a mãe pede a um dos acusados que se cuide. Os espaços ocupados abertos e as pessoas comprometidas dia-a-dia a denunciar e transformar com suas próprias vidas a sociedade, tem sido mais vulneráveis às apreensões do Estado, evidenciando que a perseguição é também ideológica.
Do que estão falando quando nos culpam de terroristas? Quem são os verdadeiros terroristas?
Chamamos tod@s a construir uma rede de apoio internacional pel@s presos e presas de 14 de agosto. Hoje mais do que nunca! Internacionalistas do mundo, a solidariedade e a ação, com os sequestrad@s das mentiras do Estado chileno!
furiosamente, radio nomadista.