sábado, 14 de fevereiro de 2009




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


Breve Informe de Direitos Humanos dos Prisioneiros e Prisioneiras Políticxs Mapuche.



APRESENTAÇAO ::::

Este breve informe pretende contextualizar a situaçao de atropelos aos direitos humanos do Povo Mapuche, assim como também atualizar o listado de TODOS nossos prisioneiros e prisioneiras Mapuche que hoje em dia permanecem recluídxs nas diversas prisoes do Estado opressor chileno. Sem dúvida alguma esta informaçao será de ajuda para todxs xs que apoiam e solidarizam com a Naçao Mapuche, tanto organizaçoes e comunidades Mapuche, como também organismos internacionais.

Ao longo do tempo, mùltiplas organizaçoes tem sido partícipes de iniciativas deste tipo, ajudando na redaçao e publicaçao de diversos informes; confeccionando e desenhando foruns e palestra, levando a cabo atividades políticas tendentes a dar conta desse crú cenário. É por isso que amos vamostrabalhar sobre a base de publicaçoes anteriores, entendendo que todas apontam a um

mesmo sentido: À denúncia da sistemática violaçao dos direitos humanos de nosso povo.

CENÁRIO ATUAL

Desde dezembro de 2001 a situaçao dos presos politicos mapuche mudou drasticamente, no sentido que a repressao judicial e estatal se encrementou de forma notoria e prejudicial para nossos irmaos.

Passou-se da apicaçao da lei de Segurança Interior do estado, que até este momento consideramos horrível, à aplicaçao da lei Antiterrorista 18.314 (promulgada durante a ditadura de Pinochet), atendendo à paranóia jogada pela mídia escrita, televisao e os partidos políticos winka da concertaçao e da direita, em relaçao à busca de subversivxs, infiltradxs (dos que nao se encontraram provas) etc, com o objetivo de justificar a repressao física e judicial, de setorizar às comunidades em conflito como uma minoria, criminalizando a mobilizaçao mapuche, a favor de um suposto Estado de Direito, mas escondendo a tendenciosa posiçao de apoio ao empresariado nacional e internacional.

MARCO GERAL DOS CONFLITOS

Os conflitos entre comunidades Mapuche e empresas ou entre Mapuche e organismos do governo têm vindo se intensificando desde 1997 em diante. As comunidades, motivadas em grande parte pela profnda pobreza em que se encontram, tem desenvolvido fortes mobilizaçoes, a fim de exigir direitos históricos sobre as terras usurpadas. Paralelo a isso, o Povo Mapuche têm avançado, tanto na prática como no discurso, em direçao a demandas políticas coletivas relacionadas com reivindicaçao de direito à Livre determinaçao dos povos, a Autonomia e o Território.

A resposta do governo têm sido traduzida numa política de repressao sistemática e de injeçao de recursos em programas de corte assistencialista. A modo de explicaçao geral, hoje existem múltiplos conflitos na VIII, IX e X regioes, como esboçaremos a seguir.

Os conflitos com a indústria florestal têm sido muito dramáticos nos últimos anos. Muitas comunidades encontram-se hoje cercadas por extensos de plantaçoes artificiais como pinhos e eucaliptos, propriedade de grandes consórcios econômicos (Grupo Matte-Larráin, Grupo Angelini). Consórcios associados além do mais a outros setores da econômia e assentados nao apenas no Chile, mas em diversos países do nosso continente.

A superfície destas companhias superam a de dois milhoes de hectares, isto é, quase quatro vezes mais da totalidade das terras que possuem as comunidades. O negócio florestal nao tem pretensoes de deter seu crescimento e os principais afetados por este desenvolvimento sao as Comunidades Mapuche.

Os projetos viais também tems ido uma forte problemática para muitas comunidades. Diversas organizaçoes Mapuche tem denunciado que estas obras nao beneficiarao aos propietários indígenas da área, mas às empresas que precisam de vías de acesso mais rápidas, destruíndo grande parte do meio ambiente. A estrada pro litoral, que hoje continua seu avanço de maos dos militares que trabalham em construçao, já tem passado por diversas áreas Mapuche, destruíndo sítios espirituais sagrados e outros lugares de importância para o nosso povo.

O problema com as construçoes de centrais elétricas tem sido um dos mais conhecidos a nível internacional. Em território Mapuche Pewenche tem sido construídos, sob enormes irregularidades e violaçoes a direitos humanos, duas represas: Pangue y Ralko, as quais tem causado danos irreparáveis à zona. Além do mais cabe mencionar que um cemitério ancestral Mapuche foi inundado e os restos hidrelétricos continuam em zona Mapuche. Empresas estrangeiras pretendem hoje construir novas represas nas zonas de Pellaifa, Neltume, etc.
Outros megaprojetos pretendem instalar-se em Território Mapuche. Um caso é o da minera Manto Rojo que sondeia o Lago Lleu Lleu para futuras exploraçoes. O aeroporto em Quepe é outro caso que vulnera as decisoes das comunidades afetadas a respeito. Também tem sido denunciado por comunidades o caso da instalaçao doscriminatória de Lixoes em áreas próximas a comunidades Mapuche, situaçao que já cobrou vítimas por exemplo no caso de Boyeco, afetadas p ela toxicidade e contaminantes jogados de forma indiscriminada dentro desses lixoes.

Por outro lado, recentemente a empresa CELCO (Celulosa Arauco y Constitución), com a submissao do ex Presidente Ricardo Lagos, manifestaram sua intençao de expulsar seus desperdiços contaminantes ao mar pela área de Mehuín. As comunidades Lafkenche e de pescadores artesanais tem feito pública sua negativa, sabendo-se que qualquer estudo de impacto ambiental que faça a empresa já está aprovado. CELCO conseguiu grande parte das conseçoes mineiras da zona, com o que se estabelece o trajeto de construçao de tal duto.

VIOLÊNCIA E REPRESSAO AO POVO MAPUCHE

Durante os últimos oito anos o grau de violência e repressao por parte do governo às mobilizaçoes

Mapuche tem aumentado. Sao inumeráveis os casos que têm sido detalhados em informes redigidos por organizaçoes Mapuche,rganizaçoes de Direitos Humanos e por organismos internacionais. Em termos gerais, o governo emprega a estratégia de criminalizar e judicializar as demandas políticas de nossa gente.

Os métodos aplicados falam de constante hostilizaçao às comunidades e organizaçoes que tem mantido um discurso crítico ao Estado e ao Sistema econômico, realizado por efetivos policiais e autoridaes destacadas, que tem finalizado na maioria dos casos na encarceraçao destes, por meio de julgamentos irregulares e montagens muito bem organizadas para conseguir condenas altíssimas para os Mapuche processados.

Por outro lado, existe violência externa aos aparatos do estado, isto é, hostilidades que vêm de privados, principalmente de guardas de empresas ou de grupos que se organizam para amerontar nossas comunidades. Um exemplo claro destas práticas é o que acontesce hoje em dia no povo de Mehuin, onde se tem pagado a pessoas para amedrontar e/ou agredir a todos aqueles que se oponham à instalaçao do duto, que jogará dejetos tóxicos ao mar.

ASSASSINATOS IMPUNES

Além de perseguir, hostilizar e reprimir às comunidades Mapuche mobilizadas, o Estado chileno têm implementado uma política de "gatilho fácil" para seus agentes repressivos, os que têm assassinado covardemente a lutadores sociais mapuche e cujos responsáveis têm ficado impunes e inclusive já foram premiados, sendo ascendidos de seus postos. Um claro exemplo de que o Estado valida a brutal repressao que exercem os agentes policiais em contra da populaçao Mapucheorganizada.

Entre os lutadores sociais Mapuche assassinados de forma covarde e impune, encontram-se:
Jorge Antonio Suárez Marihuan (2002): Assassinato encoberto de Jorge Suárez Marihuan, irmao de Segundo Suárez, Lonko de Malla Malla do Alto Bío Bío. Jorge Suárez foi morto em estranhas circunstância, posto que seu corpo aparceu no dia 11 dezembro de 2002 no río Queuco, logo de transcorridos alguns dias após sua desapariçao. De acordo com o informe forense, a causa da morte nao foi inmersao, mas lesoes provocadas por terceiros. De acordo antecedentes aportados pela família, um indivíduo nao identificado, supostamente agente de inteligencia policial, teria entregue dinheiro a dois colonos do setor para levar a cabo a operaçao de eliminar o comunero, o que sería encoberto por uma morte provocada pelo estado de intemperança.
Porém, as testemunhas afirmam que um espancamento teria provocado a morte de Suárez Marihuan e logo seu corpo tería sido jogado no rio. Este fato seria em represália pela atitude do dirigente de participar ativamente em processos de recuperaçao de terras e de freio aos investimentos das empresas energéticas no local do Valle del Queuco no Alto Bío Bío.

Edmundo Alex Lemun Saavedra (2002): O jovem Edmundo Alex Lemun de somente 17 anos foi executado por uma bala na cabeça pelo tenente da Polícia Militar do Chile Marco Aurelio Treuer, quem disparou a queimaroupa no dia quinta feira 7 de novembro de 2002 numa recuperaçao de terras da comunidade Mapuche "Montutui Mapu" do setor Aguas Buenas de Ercilla. Até a data Marcos Treuer tems sido absolvido em todas as ocasioes em que ha havido a tentativa de condená-lo pelo assassinato de Alex Lemun. Atualmente, o caso encontra-se em instâncias internacionais.

Julio Alberto Huentecura Llancaleo (2004): Jovem Mapuche nascido em Santiago foi detido na cidade de Osorno e deslocado à Ex Penitenciaria de Santiago, ao nao ser reconhecido seu caráter de Preso Político Mapuche, foi posto junto aos réus comuns. Foi assassinado na tarde do dia domingo 26 de Setembro de 2004, às 20:00 hrs.

Julio fue atacado por outros internos da penal, numa treta na que, sem mediar provocaçao, recebeu um ataque pelas costas com uma punhalada no coraçao, ferida que lhe causou a morte quase que instantâneamente. O jovem Mapuche tinha sido processado por diversas causas no marco do conflito Mapuche, devendo passar pela Prisao Política no Cárcere de Temuco, Nueva Imperial, Osorno e Santiago.

Xenón Alfonso Díaz Necul (2005)

O jovem Mapuche de 17 anos, Zenón Alfonso Díaz Necul, pertencente à comunidade Lonko Mahuida de Collipulli, IX regiao, no 10 de maio na noite enquanto participava numa mobilizaçao de caráter pacífico na estrada 5 sur, setor viaduto del Malleco, fue embestido por um camiao madereiro, e as lesoes provocadas geraram a morte instantânea.

A manifestaçao realizava-se em torno das reivindicaçoes territóriais da comunidade Ranquilco e em repúdio aos abusos perpretados por guardas privados da Forestal Mininco contra lugares e símbolos sagrados como o Rewe. O condutor do caminhao nao respeitou o corte da estrada e passou por cima dos manifestantes. Em cumplicidade com isto, a polícia militar que estava no local com numeroso contingente armado com elementos dissuasivos, efetuaram alguns disparos e reprimiram violenta mente o protesto.

Juan Lorenzo Collihuin Catril (2006) No 29 de agosto de 2006, eram cerca de 2 da madrugada quando os efectivos chegaram até a casa das familias Collihuín Catril e Collihuín Llanculef, locaizada no setor de Boyilco Chico, ao sur de Nueva Imperial. Num procedimento irregular por parte da polícia militar da Quarta Estaçao de Polícia de Nueva Imperial, que supostamente investigavam uma denúncia de abigeato, dispararam a queimaroupa ao Lonko de 71 anos, quem recebeu vários tiros em seu corpo, o que lhe causou a morte. Além do mais Juan (36) e Emilio (44) Collihuín Llanculef também resultaram feridos, um com um impacto de bala na perna direita e o outro no quadril esquerdo.

Matías Valentín Catrileo Quezada (2008) No 3 de janeiro. Cerca das seis da manha e enquanto participava na ocupaçao pacífica do predio Santa Margarita, de propiedade de Jorge Luchsinger, do setor Yeupeko, comuna de Vilcún, sem mediar provocaçao, recebeu covardemente pelas costas um jato da submetralhadora UZI por parte do cabo 2º da polícia militar, Walter Ramírez Espinoza. A Polícia Militar acusou um suposto enfrentamento armado mas as únicas balas disparadas aquela manha, seis em total, provinham de armas policiais e efetivamente uma delas ingressou pelas costas do jovem perforando o pulmao esquerdo e saindo pelo abdome. Matías Catrileo, de 22 anos, foi resguardado por seus irmaos para nao entregá-lo à polícia que podía vulnerar as provas. Até hoje sua morte continua impune.

Jhonny Cariqueo Yañez (2008) O Penhi Jhonny participou do día 29 de março a um ato em homenagem à Comemoraçao do dia do Jovem Combatente na de comuna de Pudahuel, que acabou às 20:00 hrs. de manera pacífica. Jhonny, em companhia de vários amigos, retiravam-se a seus lares quando foram interceptados por um carro do GOPE e trás receber um espancamento sao detidos e derivados à 26° Estaçao de Polícia de Pudahuel, onde as agressoes físicas a todos os detidos se fizeram cada vez mais cruéis. O Peñi sofría de problemas cardíacos, e a conseqüência dos brutais espancamentos e constantes chicotadas feitas pela polícia durante sua detençao, começou a sentir uma intensa dor no peito e no braço, foi deslocado mais tarde ao serviço de urgência. Na segundafeira 31 de março, uma vz em sua casa, cerca das 14:00 horas Jhonny recostou-se em sua cama, e começou a demostrar claros sintomas de um infarto, o que apesar das tentativas desesperadas de asistência de seus pais e amigos, em poucos minutos gerou sua morte.

O assassinato covarde de integrantes mobilizados do Povo Naçao Mapuche por parte de agentes policiais da conta de uma política racista e de "gatilho fácil" que o Estado Chileno dá legitimidade, evidenciando o racismo e a guerra nao declarada em contra de nosso Povo...

Situaçao atual dos Presos Políticos Mapuche (atualizado em Junho de 2008)

Definimos como Preso Político Mapuche a todo aquele integrante de nosso Povo privado de liberdade e/ou em processo, produto de sua participaçao em mobilizaçoes e atividades que apontem à exigência de nossos direitos territoriais e a direitos políticos como Povo.
Até esta data (16 de Maio de 2008) encontram-se encarcerados os seguintes irmaos e irmas Mapuche:

Centro Cumplimiento Penitenciario CONCEPCION (San Martín Nº 290)

1- Lonko Iván Llanquileo Antileo (Desde 26 de março de 2008)
Centro Penitenciario El Manzano de Concepción

2.- José Patricio Marileo Saravia (Desde Agosto do ano 2003)
Centro Detención Preventiva LEBU (José Joaquín Pérez Nº 775)

3.- Luis Avelino Meñaco Santis (Desde el 22 de Abril de 2008)

4.- Pedro Lepicheo Machacan (Desde Novembro de 2007)

5.- Juan Mariñan Fernández (Desde Novembro de 2007)
Cárcel de Victoria (Victoria-Chorrillos Nº 557)

6.- Pedro Juan Quidel Queipul
Centro de Cumplimiento Penitenciario TEMUCO (Av. Balmaceda Nº 450)

7.- Antonio Onofre Cadín Huentelao (Desde o 15 de novembro de 2006)

8.- Jorge Ignacio Landeros Calfunao (Desde o 15 de novembro de 2006)

9.- Juan Ñanco Toro (Desde o 15 de Junho de 2008)

10.- José Millacheo Marin, (Desde o 2 de maio de 2008)

11.- José Millacheo Ñanco (Desde o 2 de maio de 2008)

12.- Luis Millacheo Ñanco (Desde o 2 de maio de 2008)

13.- Leonardo Lican Ñanco (Desde o 2 de maio de 2008)

14.- Andrés Lican Lican (Desde o 2 de maio de 2008)

15.- Ernesto Arturo Lincopan Villagrán (Desde o 15 de novembro de 2006)
Centro Penitenciario Femenino TEMUCO (Callejón Carmine Nº 249)

16.- Juana Rosa Calfunao Paillalef (Desde o 15 de novembro de 2006)

17.- Ana Luisa Calfunao Paillalef (Desde o 15 de novembro de 2006)
Centro de Detención Preventiva de Traiguén (Coronel Gregorio Urrutia Nº 129)

18.- José Belisario Llanquileo Antileo (desde o 18 Nov 2006)
Centro de Detención Preventiva de Angol (Los Confines S/N)

19.- José Benicio Huenchunao Mariñan. (Desde o 21 de abril de 2007)

20.- Víctor Enrique Queipul Huaiquil (Desde o 18 de Abril de 2008)

21.- Luis Amable Catrimil Huenupi (Desde o 17 de Abril de 2008)

22.- Jorge Mariman Loncomilla (Desde o 21 de Junho de 2008)
Centro de Educación y Trabajo (CET) ANGOL (Pedro Aguirre Cerda Nº 62)

23.- Patricia Roxana Troncoso Robles (Desde Agosto do ano 2003)

24.- Florencio Jaime Marileo Saravia (Desde Agosto do ano 2003)

25.- Juan Bautista Millalén Milla (Desde Abril de 2007)
Centro de Estudio y Trabajo (CET) Victoria (Av. Arturo Prat N° 210)

26.- Juan Carlos Huenulao Lielmil (Desde o 20 de fevereiro do ano 2005)

Se bem estes sao nossos irmaos atualmente recluídos, é preciso mencionar que muitas pessoas se encontram a espera de uma sentença e outras estao condenadas a penas remitidas, isto é, que devem assistir a cada certa quantidade de dias a deixar sua assinatura nas prisoes, o que altera sua vida normal. Assim também hoje existem cerca de duas dezenas de Mapuche que se encontram na clandestinidade, isto que nao se apresentaram diante da justiça chilena por considerar que sao vítimas da uma perseguiçao política. Eles formam parte da lista de procurados pela polícia chilena.

Por outro lado, é necessário destacar que os Presos Políticos Mapuche tem realizado diversas mobilizaçoes para exigir sua liberaçao. Na maioria das vezes tem tentado Greves de Fome, onde os presos de autoflagelam para conseguir o justo propósito que se sostêm, vale dizer, sua liberdade inmediata devido a que sua prisao se deve a motivos políticos e nao delictivos. Patricia Troncoso Robles sosteve uma greve de 112 días, onde o governo chileno negou-se a escutar suas demandas. Teve que chegar à beira da morte para conseguir benefícios carcelários mínimos em sua condiçao de prisioneira política.

Danos Colaterais no Marco da Repressao às Comunidades Mapuche

Um tema que tem sido pouco investigado sao os transtornos colaterais que vai deixando a repressao nas zonas de conflito. Sem dúvida alguma, o grau de hostilidades é altíssimo (invasoes, seguimentos, controles de estrada, instalaçao de acampamentos e retensoes móveis nas comunidades) e as conseqüências deixam-se ver. Geralmente, nas incursoes policiais ficam muchos mapuche lesionados, com fraturas, deslocaçoes, hematomas, hematomas, etc. Mulheres e velhos tem sido amedrontados e espancados, registro disso pode ser encontrado nos arquivos da mídia.

Por outro lado, a presença policial permanente afeta diretamente aos menores de idade, os que também tem sido agredidos psicológica e físicamente. O primeiro ponto é constatado no informe de saúde do Serviço Araucanía Norte para o caso da comunidade Cacique José Guiñón de San Ramón, assim como as denuncias apresentadas à UNICEF por parte da comunidade de Temucuicui, o día 12 de outubro de 2007. Os danos físicos perpretados pela polícia chilena a crianças ficam em evidência nas múltiplas comunidades que resistem à repressao.

PALAVRAS FINAIS

Este breve informe é uma entrada à situaçao de Direitos Humanos que afeta em geral a nosso povo, com ênfase na situaçao dos Presos Políticos Mapuche. É um pequeno trabalho confeccionado para pôr ao tanto e informar das diversas situaçoes que vivem nossos irmaos e irmas en nosso Território.

Organizaçao Mapuche

Meli Wixan Mapu


(Dos Quatro Pontos da Tierra)

LISTADO DE PRISIONEIRXS POLÍTICXS SOB O ESTADO CHILENO





Esta lista foi elaborada com dados tirados de outras paginas, noticias, publicações e contatos::::::




Se anexa (na medida do possível) em cada caso uma pequena descrição de sua acusação, e também informação a respeito de cada cárcere (endereço, número de telefone ou a seção especifica onde se encontra o/a companheir@) para que desta forma os interessados possam acender a visitas ou mobilizações diretas contra esses centros de extermínio.
lista atualizada na medida do possível, informações: presxsalakalle@gmail.com


¡¡SOLIDARIEDADE ATIVA AOS PRES@S DA GUERRA SOCIAL!!


(Atualizado em Outubro de 2008)

Penitenciaria de Angol
[Pedro Aguirre Cerda N° 80 y Los Confines s/n. Fax: 56 - 45 - 711560. Telefone: 56- 45 - 718072 - 718560.]
Luis Amable Catrimil Huenupi.
Depois de 5 anos de clandestinidade no dia 16 de Abril de 2008 é detido acusado de incendio ao fundo Poluco Podenco.
José Benicio Huenchunao Mariñán
Indicado como líder de la C.A.M (Coordinadora Arauco Malleco) condenado a 10 anos por atentado incendiario ao fundo Poluco Podenco no ano de 2004, Foragido é detido no dia 20 de Março de 2007.
Víctor Enrique Queipul Huaiquil
Detido desde 18 de Abril,Acusado por atentado a autoridade ao agredir o diretor da CONADI (ano 2006)
Jorge Mariman Loncomilla
No ano novo mapuche é invadida pela polícia a comunidade Cacique José Guiñon. Produto da ação policial Jorge termina com uma fratura no braço esquerdo e com a perna quebrada fruto de uma bala calibre 38. É detido e algemado no hospital.
Pablo Millanao

Membro da comunidade de temucuicui detido no dia 13 de septembre de 2008, acusado de atentar contra a autoridade, roubo seguido de ameaça (expropriação de um supermercado em Ercilla) ameaças e danos a propriedade do latifundiário Rene Urban.
Luis Millacheo Ñanco**
José Millacheo Marín **
Leonardo Lican Ñanco **
**Acusados de queimar um caminhão florestal no dia 26 de abril de 2008 no bairro de Ercilla, são detidos no mês de Maio. Atualmente se encontram en prisão preventiva e arriscam serem julgados por "incêndio simples."


Julio Cayhuan Nahuelpi:
Membro da comunidade de temucuicui depois de um tempo foragido da justiça se entrega no dia 18 de outubro, buscando por fim ao encurralamento de sua família.
Torturado pela PDI no momento de sua detenção, é acusado de atentado incendiário contra o latifundiário Rene Urban
Luis Walter Tori Quidinao
Detido em novembro, acusado de ser o autor de um ataque contra yanaconas da comunidade Ignacio Queipul (comunidade nos arredores de temucuicui que trabalha junto a polícia e o Estado, autores do assassinato do companheiro anarquista Juan cruz)
Jaime Huenchullán
Foragido desde o ano de 2007, acusado de uma série de ameaças e atentados ao latifundiário Rene Urban. É o dia de 18 de setembro de 2008 devido a uma debilidade no seu estado de saúde ( pancreatite aguda) que se dirige ao hospital assumindo a consequente detenção. A polícia imediatamente o sequestra
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C.E.T Centro de Estudio y Trabajo de Victoria
[Av. Arturo Prat N° 210]
Juan Carlos Huenulao Lienmil
Condenado a 10 anos e 1 dia por incêndio ao fundo Poluco Podenco. Desde o dia 20 de Fevereiro de 2005 foi transferido ao C.E.T
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C.E.T Centro de Educación y Trabajo de ANGOL
[Pedro Aguirre Cerda Nº 62]
Patricia Troncoso Robles**
Florencio Jaime Marileo Saravia**
Juan Bautista Millalen Milla **
**Acusados de incendiar o fundo Poluco Podenco, condenados a 10 anos de prisão, sob o calor da luta (greves de fome, ataques incendiários, marchas e mitenes) conseguiram conquistar distintos benefícios carcerários, como o caso concreto de serem transferidos ao C.E.T)
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Centro Penitenciario Femenino TEMUCO
[Callejón Carmine Nº 249]
Juana Calfunao Paillalef
Condenada a 4 anos por atentado a autoridade, subtração e destruição de pasta fiscal em distúrbios dentro do tribunal oral.
Luisa Calfunao Paillalef
Acorrentada a uma cama de hospital, a prisão lhe provocou serios problemas psiquiátricos. Condenada a 3 anos por atentado contra a autoridade, embarcada no mesmo processo de sua irmã Juana Paillalef.

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Cárcel de Temuco
[Av. Balmaceda Nº 450]
Andrés Likan Ñanco *
Juan Martín Toro Ñanco *
*Acusados de queimar um caminhão florestal no dia 26 de abril de 2008 no bairro de Ercilla, são detidos no mês de maio. Atualmente se encontram em prisão preventiva e arriscam cargos por "incêndio simples".
Antonio Onofre Cadin Huentelao**
Jorge Ignacio Landeros Calfunao**
**Acusados de atentar contra a autoridade e danos, a fins do ano de 2006, momento no qual comuneros mapuche atacam con golpes de punho o fiscal de terras Mauricio Torres.
Feniz Delgado (modulo 2)***
Jhontan Vega (modulo 3)***
***No dia 30 de outubro são detidos acusados de pretender atentar contra caminhões florestais no "bypass"da estrada de acesso a temuco. Foram encontrados galões de gasolina, pneus e pasta montanhas sendo processados pela lei antiterrorista. Devido ao constante e crescente número de ataques a caminhões florestais, permaneceram em prisão preventiva durante 8 meses.
Nesse dia também caiu o menor Rodrigo Huenchupan que pegou prisão domiciliar.

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Cárcel de Traiguén
[Coronel Gregorio Urrutia N° 129. Fax: 56 - 45 - 861768. Teléfono: 56 - 45 - 861768.]
José Belisario Llanquileo Antileo (Em Liberdade dominical desde o dia 5 de outubro)
Ex porta voz da C.A.M Clandestino desde 2004, é detido em 2006 acusado de incendiar o fundo Poluco Podenco
José Daniel Cayhuán Nahuelpi:
Detido e acusado de incêndio a duas moradias e ameaças contra latifundiários, em uma ação de controle territorial no dia 17 de outubro passado no setor de Quechereguas.
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Cárcel de Victoria [Chorrillos Nº 557]
Pedro Juan Quidel Queipul
Daniel Ricardo Alveal Levicura (solto desde de setembro)
Membro da comunidade autônoma de temucuicui, é detido no dia 27 de Agosto acusado dos delitos de porte ilegal de armas de fogo e ameaças contra trabalhadores florestais. Situação que ate o momento acarreta no processo de controle territorial
Rodrigo Huenchullán Cayul
Werken da comunidade de temucuicui depois de 4 anos de clandestinidade logo de seis acusações contra a propriedade de rene urban (entre elas de 2 incendios)


CARLOS CAYUPE AYLLAPAN (43 anos)
Detido no dia 4 de setembro de 2008 acusado de atentados incendiários, ameaças e danos
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Cárcel de LEBU
[José Joaquín Pérez Nº 775]
Avelino Meñaco Lincopi (ABSUELTO DE LA ACUSACION ..YA ESTA EN LA KALLE)
Autor da queima de umas cabanas nos arredores do lago Lleu Lleu, no marco da greve de fome dos presos de Angol.
Juan Mariñan Fernández**
Pedro Lepicheo Machacán**
Luis Avelino Meñaco Santi** (en la kalle)
Acusados de roubo seguido de ameaça de morte e posteriormente incêndio de um automóvel do correspondente da radio BIO BIO. Ação marcada com as mobilizações massivas pela liberdade dxs presxs politicxs mapuche nesse momento em greve de fome.
Norberto Parra:
Depois de um atraque, se encontra acusado de receptação de espécies por uma moto serra. Seu irmão esta sendo acusado de atacar a policia com a dita moto serra.

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Cárcel de Concepción "El Manzano"
[Camino a Penco N°450. Casilla: 70. Fax: 41 - 388063. Teléfono: 41 - 388105 - 388909 - 388910 - 388062 - 387734.]
Iván Llanquileo
Encarcerado no dia 31 de Agosto de 2007 as margens do lago Lleu Lleu Membro da C.A.M é acusado de portar um fuzil M-16.
Retoma sua "liberdade provisória" em Novembro do mesmo ano, Ivan opta pela clandestinidade durante 4 meses, mas e no 25 de Março de 2008 onde é capturado.
Juan Patricio Marileo Saravia
Detido pelo processo que busca responsáveis ao atentado ao fundo Poluco Pidenco
César Parra Leiva
Acusado de atacar com uma moto serra a um agente da repressão, durante um atraque policial, nele pesam os cargos de tentativa de homicídio.
Cárcel de Los Ángeles
Roberto Carlos Manquepi Vita
Detido em Março de 2003, depois de sair em liberdade sob pagamento de fiança o condenam a 5 anos e 1 dia pelo delito de roubo com uso da força em propriedade privada de um inquilino do fundo, no dia 20 de janeiro de 2008 a Corte Suprema confirma dita sentença.
A acusação de roubo com força e usurpação de terras tem como conseqüências as práticas de controle territorial Mapuche.
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Cárcel de Rancagua
Elena Varela López** Solta desde 13 de Agosto com permissão de saidas para seu domicilio durante a noite.
Sergio Reyes Matus**
Kenny Sánchez**
Leticia Cárdenas**
Flor Domínguez**
**Detidos no dia 7 de Maio de 2008, acusados de expropriar um banco e indicados como supostos membros do MIR-EGP (Movimento de Esquerda Revolucionaria Guerrillero de los Pobres). A detenção coincide com que Elena Varela se encontrava gravando um documentário a respeito do conflito mapuche.

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PENITENCIARIA DE SANTIAGO
Pablo Morales Fuhrimann (En la kalle)
Ex- militante do Mapu-Lautaro e prisioneiro político por mais de uma década, hoje com convicções libertárias é detido no dia 2 de outubro.
A fiscalização militar busca fechar um processo em contra a mesma que data de 1992 condenando o a 3 anos e 1 dia junto com a pena de 541 dias.
C.A.S (Carcel de Alta Seguridad-Seccion Maxima Seguridad-) SANTIAGO
Marcelo Dotte López.
Ex membro do M.J.L (Movimiento Juvenil Lautaro) Acusado de preparar os distúrbios da noite do 29 de Março em Pudahuel ( Porte de Bombas Molotov e outros elementos "subversivos"), condenado a 3 anos e 1 dia indicado como ""chefe de uma quadrilha de subversivos"".
Joaquín Cortés. (EN LA KALLE)
Detido no 29 de Março de 2008 em Pudahuel acusada de preparar os distúrbios noturnos do dia do jovem combatente. Considerado culpado do porte de artefatos incendiários e absolvido do delito de plantação de maconha, cumpre sua pena sob "libertad vigilada"
Esteban Huiñiguir.
Amigo e companheiro dos detidos do 29 de Março, cae preso fruto dos atraques consecutivos.Condenado a 3 anos e 1 dia por plantação de maconha e 541 dias por micro trafico., ex membro do M.J.L.
Axel Osorio.
Ex membro do M.J.L, suposto ajudante dos expropriadores do banco Security que seguiu com a morte de um agente da repressão. Cai detido no dia 26 de Dezembro de 2007 , condenado a 3 anos e 1 dia.
Sua detenção se realiza fruto de grampos telefônicos e da asqueroso ato x-9 de Carlos Sepúlveda.
CARCEL SANTIAGO 1
Emiliano Mussa (el goyo)
Companheiro Argentino que se encontrava ilegal no $hile. É detido no dia 18 de Setembro acusado de lançar 2 bombas molotov contra uma igreja do bairro de La Reina, o compa se encontra em prisão preventiva por 45 dias.
Felipe Esteban Aguilera Rodríguez**SOLTO DESDE O DIA 13 DE SETEMBRO

Nicolás Felipe Pino Naranjo**SOLTO DESDE O DIA 13 DE SETEMBRO
*Ambos acusados de colarem cartazes de agitação para o 11 de setembro, onde se incluía um manual para a fabricação de bombas incendiarias.Atualmente se encontram em prisão preventiva, enquanto se trata de lhes aplicar a lei de segurança interior do Estado e lei antiterrorista
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Centro Penitenciario Femenino ( Ex C.O.F) SANTIAGO
Flora Pavez Tobar.
No dia 4 de Setembro de 2007, é detida em San Vicente de Tagua Tagua fechando um processo de 1993, condenando a a uma pena de 13 anos. Flora foi membro do MAPU-LAUTARO e depois de estar a 5 anos presa permanece mais 9 firmando ate ser detida, a que se busca que se cumpra o total de 13 anos. Transferida do S.E.A.S (Seccion especial de alta seguridad) ao A.P.A.C (Asociacion de proteccion al condenado) na seção "Processo".
Alejandra Vila. (en la kalle)
Detida no 29 de Março de 2008 em Pudahuel acusada de preparar os distúrbios noturnos do dia do jovem combatente. Considerada culpada do delito de porte de artefatos incendiários e absolvida do delito e plantar maconha se encontra em liberdade vigiada, desde o dia 12 de outubro.
Daniela Andrea Erices Geria EN LA KALLE DESDE EL 13 DE SEPTIEMBRE
Acusada de colar propaganda de agitação para o 11 de setembro onde se incluía um manual para a fabricação de bombas incendiarias. Atualmente, em prisão preventiva, a ela se trata de aplicar a lei de segurança interior do Estado e a lei antiterrorista.
Publicado por presxs a la kalle

Apresentaçao de Korrosiva


Nosso grito em solidariedade a estes presxs políticxs não é somente um apoio que visa melhorar as condições destas pessoas, é uma parte da luta anticarcerária cujo objetivo visa a destruição da civilização patriarcal e industrial e seus mecanismos de controle, a cara que conhecemos do Estado, a polícia e as instituições de claustro e dominação comportamental, a prisão. Tal objetivo não pode ser concretizado sem apoiar uma perspectiva radical de destruição do existente e a favor de uma vida radicalmente nova onde todo o potencial humano cultural e ecológico possa ser desenvolvido ao máximo. Esta sociedade castradora nos sufoca e queremos explodir toda forma de clausura e domesticação num êxtase de sensações e sabores. Os mecanismos de controle do Estado só são considerados necessário numa sociedade desigual e de classes. A prisão não faz parte da solução dos problemas na sociedade, faz parte do problema. Não pretendemos fazer aqui algum tipo de distinção ou hierarquia entre “presxs sociais e políticxs”, pelo contrário, reconhecemos que uma suposta linha que por ventura venha a separar uma condição da outra é algo muito ondulante e complexo. Toda prisão é política e nossa luta não apenas pela libertação dxs presxs, mas pela destruição de todas as prisões. O que poderia ser considerado prisão social não é menos importante, pois é um ato evidentemente político. O crime, a infração, a expropiação é um fenômeno resultante das contradições éticas e econômicas dentro de uma sociedade, portanto é um ato de valor político. Porém, nesta publicação adotamos a expressão presxs políticxs para enfatizar que nos referimos ao conceito pessoas que cometeram “crimes” com uma proposta política manifesta, anarquista e antiautoritária, sem descaracterizar a connotação política de toda prisão.


Pela libertinagem de toda forma de vida, pela revolta selvagem.

29 DE MARÇO PRESENTE!!


DIA DO JOVEM COMBATENTE: DA MEMÓRIA HISTÓRICA À GUERRA SOCIAL

"Villa Francia, e suas noites combativas,
valeu pelo seu amor e rebeldia..."

Centos de jovens durante a ditadura militar "liderada" por pinochet, assumiram com toda generosidade e compromisso sua luta, nao somente contra uma ditadura sangrenta, mas também pela destruiçao do sistema capitalista. Entre eles, Eduardo e Rafael Vergara Toledo, jovens militantes do que era entao Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR), e participantes ativos das organizaçoes de base de sua favela, a Villa Francia.

Um 29 de Março de 1985, ambos irmaos, os que já nao viviam com sua família, devido a que estavam sendo procurados pelos aparatos repressivos do regime, assim como tantos outros jovens, andavam pelo bairro, com a intençao de realizar uma atividade de homenagem a um amigo e companheiro, Mauricio Mairet, assassinado pela polícia num 29 de março de 1984. A umas quantas quadras de sua favela, quase ao chegar à intersecçao das ruas 5 de abril com Las Rejas, sao interceptados pelos guardioes da órdem dos ricos, e sem mediar enfrentamento sao metralhados covardemente.

Naquela noite, o som das balas assassinas, nao ficaram em silêncio, e a impunidade instaurada pelo esquecimento nao teve eco. Além dos assassinos, depois de uma longa investigaçao, impulsionada pela família e amigos, a que absurdamente continua até hoje, há 23 anos da morte do Eduardo e do Rafa, nao conseguiu identificar e ajuizar a alguns dos policiais assassinos, estes ainda transitam pelas ruas com toda impunidade que obviamente têm amparado a justiça burguesa e os governos da concertaçao democrática. Embora a gente acredite que a prisao nao é nenhuma soluçao, nem para nossos inimigos.

Mas a memória do povo, nao permitiram que este covarde assassinato aos sonhos se transformasse num memorial sem tom. Desde o seguinte mês, amigos e residentes da Villa francia, acompanhando a família, iniciaram uma peregrinaçao ao lugar exato onde os jóvens tinham sido assassinados, o que começou sendo um ato de rememoraçao e de denúncia por todos os assassinatos que vinham ocorrendo se transformou sem volta atrás no dia do Jovem Combatente. Os primeiros anos realizavam-se atos em homenagem cada 29 em Villa Francia, mas com o transcurso dos anos, as mobilizaçoes se transladaram a outras populaçoes e centros universitários do país.

O 29, nao é apenas uma jornada de recordaçao, é o dia em que xs exploradxs nos rebelamos contra tudo o que representa este sistema de exploraçao: o respeito à propriedade dos ricos e à paz social instaurada, o medo ao estado policial imposto, o esquecimento de nossa história. Nao é somente pelo Eduardo e o Rafa, estao Pablo Vergara Toledo, Norma Vergara, Claudia Lopez, Alex Lemun, Rodrigo Cisternas, Matias Catrileo, e as centenas de mulheres e homens anônimos e nem tao anônimos que tem dado sua vida, em ditadura e em democracia, para contribuir à transformaçao deste sistema que mantêm a humanidade na escravidao.

UM DIA DE FÚRIA E DE ALEGRIA DXS EXPLORADXS.

Em marzo de 2007, dado o efetivo mediático gerado pelo governo com a cumplicidade permanente dos meios de comunicaçao da mídia burguesa, a partir de sua campanha de terror, o dia do jovem combatente e seu orígem histórico se fez conhecido por grande parte da populaçao do país. Até este momento ainda havía muitxs que nao sabiam nada, nem o que significava o "día do jovem combatente", dado o cerco informativo instalado por anos.

Durante o ano de 2006 se desenvolveram fortes mobilizaçoes por parte dos estudantes secundários (o que inclui a ocupaçao de colégios e enfrentamentos com a polícia no centro da cidade); o que se somou ao malestar generalizado da populaçao em contra do fracassado plano de transporte instaurado pelo governo, gerando um clima de conflito, no que muitxs se somaram às comemoraçoes do 29 de março. Estas duas situaçoes levaram a tal pânico para alguns, o que foi incentivado pela mídia, que tanto no centro da cidade como no entorno pareciam estar prontos para uma invasao do exército taleba.

Días antes realizaram-se ataques explosivos a entidades do capital. Junto com enfrentamentos nos centros universitários, o que dava início à comemoraçao ativa do jovem combatente.

Os enfrentamentos diurnos se desencadearam no centro da cidade, desenvolvidos principalmente por estudantes secundários, os que inclúem centenares de detentos. Um dos fatos que marcaram a jornada foi o ataque ao carro que era dirigido por uma juíza, trazendo como consequência, logo após uma investigaçao, a detençao de um jóvem antiautoritários (indicado pela imprensa burguesa em setembro de 2006 como o suposto responsável do ataque com uma bomba molotov à la moneda). Este novo cenário de enfrentamento diurno no centro da cidade, surge por primeira vez em 2007 a 22 anos da morte dos irmaos vergara.

Durante a noite às barricadas, e os enfrentamentos com as forças policiais, inundaram a cidade de muitas favelas, o que se caracteriza pela massividade e a alta presença de armas de fogo.

A MEMÓRIA HISTÓRICA ATIVA A LUTA DE CLASSES.

A chama se ascendeu este ano, quando o 18 de março na madrugada explodiu um artefato de grande potência composto por TNT e pólvora, destruíndo por completo um caixa eletrônico e grande parte do primeiro andar da sucursal do banco BCI localizado no luxuoso bairro de Providência. A açao foi reivindicada pelas "colunas armadas e desalmadas jean-marc rouillan" (Membro que rcém saiu em "liberdade" na França, ex militante do grupo francês Accion directe )

Um pedaço do comunicado assinala: …" Sao nossos inimigos que se escondem nesses bueiros que chamam de quartéis... os atacaremos como hoje bombardeamos este templo do roubo institucionalizado. Talves a próxima vez ataquemos seus lares, porque nao? Eles o fazem quando declaram que algum indivíduo representa um perigo para sua sociedade, assediando famílias e encarcerando pessoas com alguma desculpa que encobre o sequestro e a chantagem legal. Nossa açao é em defesa... e ataque!!..." Enriquecer-se nao é mais do que roubar o trabalho e dinheiro dos outros. A propriedade é um roubo. Aquilo que os verdadeiros ladroes chamam de "roubo" nao é mais do que a recuperaçao do que nos foi roubado. Recupera!!!..."

Produto destes fatos, de forma desvairada e eufórica, dado o tamanho da explosao ( que foi novedosa apesar das já cerca de 40 detonaçoes nos últimos dois anos) o portavoz do governo da concertaçao de partidos pela democracia, Francisco Vidal disse: "Vamos dar uma resposta com tudo... no marco da lei, com TODA A FORÇA... do direito...

A situaçao torna-se mais absurda -ou evidente- desde a perspectiva revolucionária: eles fazem a lei, eles sao o direito. Uma mensagem clara para os incontrolados: a repressao esta vindo com tudo, anunciam-se as medidas a utilizar: lei de segurança interior do estadp, lei antiterrorista, maiores faculdades das forças repressivas, ameaça de incremento no trabalho de inteligência contra os grupos subversivos, especialmente contra os anarquistas.

A açao ofensiva contra o banco causou uma repercussao mediática e policial que trouxe durante os dez dias seguintes uma corrente de ameaças de bomba em diversos lugares, com uma média de mais ou menos oito ameaças diárias. Alguns dos objetivos eram claros (instituiçoes governamentais, ministérios, bancos, canais de televisao, etc) mas logo tornaram-se duvidosas as motivaçoes: um terminal de ônibus de alta afluência de público, um hospital. A mídia acusou a todos como pertencentes a algum grupo anarquista e fizeram mençao ao dia do Jovem Combatente.

O G.O.P.E (Grupo de Operaçoes Especiais) encontravaçse durante o dia todo constantemente revisando e checando lugares. (Quase todos os atentados ocorridos no $hile, nao foram anunciados com antecipaçao, pois estes se desenvolvem durante a noite e sao dirigidos a instituiçoes do capital, os grupos asseguraram desta forma que nao há vítimas "inocentes").

Como exemplo do anteriormente mencionado, dias antes do 29 detiveram a um menor de idade com síndrome de down acusado de fazer um par de chamadas, e um advogado (sem vontade de trabalhar) que teria efetuado as ameaças telefônicas aos centros de justiça, durante o mês de fevereiro. É justamente em março e no contexto do conjunto de ameaças onde é detido e mediáticamente utilizado para amedrontar aos grupos antisistêmicos.

Na madrugada do 26 de março estoura uma bomba de menor intensidade (extintor com pólvora comprimida) num banco, estragando as janelas (nao houve chamadas telefônicas nem feridos).

Diante desses fatos encarregam ao fiscal Leonardo de la Prida de levar a cabo as investigaçoes e as próximas detençoes em contra dos "violentistas" para o 29. O carrasco fiscal de la Prida orgulha-se ainda da invasao-montagem contra uma casa okupa no 26 de setembro de 2006 acusada de ser uma "fábrica de molotov".

Os portavozes do capital anunciam 100 pessoas identificadas que através da biometria seriam detidas se tentassem participar em alguma manifestaçao durante as jornadas de mobilizaçao.

O 28 de março amanheceu com um chamado de mobilizaçao por parte dos estudantes secundários. A grande quantidade de vehículos policiais dispostos no centro da cidade demonstram o estado policial instaurado. Apesar da forte repressao produzem-se pequenos enfrentamentos resultando en numerosxs detentxs. Os distúrbios e o dano à sacrosanta propiedade privada foram considerávelmente menores ao ano anterior.

A MORNA NOITE DO 29, E O AMANHECER DO 30 DE MARÇO ASCENDEU COM O CALOR

DAS BARRICADAS.

O peso da noite nas periferias da cidade se iluminou pelas barricadas que insurretas, desafiavam a enjoativa ordem e o chamado à calma realizado pelos que se dizem nossos patroes.

Centos de jovens foram às ruas a combater com tudo o que tinham nas suas maos: pedras, paus, coctéis molotov, armas de fogo. Uma vez mais as periferias históricas por sua combatividade: Villa Francia, Lo Hermida, La Pincoya, Pudahuel, La Victoria, deram vida à jornada noturna com sua memória ativa e ofensiva. Também se invadiram as ruas da comunca de Cerro Navia, com barricadas e pedras, específicamente nas ruas huelen com mapocho. Barricadas na avenida los morros, na comuna de Lo Espejo e na avenida matta com arturo prat; esta útlima em pleno centro de santiasko.

Dentro de todxs xs detentxs das jornadas de reyerta, na comuna de pudahuel, na praça Víctor Jara, resultou sequestrado pela polícia um companheiro anticapitalista, Marcelo Dotte López, ex militante na década de 90 do Movimento Juvenil Lautaro, acusado de porte de bombas molotov, em que em parte do "perigoso arsenal" encontravam-se panfletos, bandeira rubronegra e uma faixa, isso é o que foi mostrado pela fraudulenta mídia burguesa. Também foram detidxs outrxs cinco garotos, ficando 3 em prisao preventiva por 60 dias. Dessa forma foi invadida com a violência que caracteriza a polícia, a casa da família de Marcelo dotte, tal como declarou sua mae depois da detençao de seu filho.

Isto nao é mais do que a demonstraçao da constante e séria perseguiçao axs lutadorxs sociais, e em particular axs logo de uma média de dez anos de prisao, foram militantes da organizaçao já extinta, MAPU-LAUTARO com seu movimento juvenil LAUTARO. A caça às bruxas continua, começou com a ascençao da democracia em 1990.

De acordo ao informado pelos aparatos repressivos pela mídia burguesa, registraram-se 122 detentxs, sendo 77 menores de idade, resultando nisso tudo um menino com queimaduras. Seis jovens tambem, resultaram detentxs, acusadxs de porte de bombas molotov na comuna de Conchalí. A mídia afirmou que "os fatos foram menos violentos de que nos anos anteriores". Será que nas ruas das periferias estavam cheias de policiais, com seus carros blindados e tanques? Os saldos para as forças repressivas sao de 9 policiais feridos, um deles causado por um ferimento no joelho, no párpado e no nariz (ha, ha, ha).

Da mesma forma, num confuso acidente, acabou morrendo, René Palma Mancilla, de 26 anos, que recebeu um disparo no tórax, na Villa Francia. Segundo o informado, transitava pelas ruas da periferia, para dirigir-se a sua casa, logo de ter participado de um ato político após ser ferido e sem estar mais no local, tería sido auxiliado pelo prefeito da comuna de Cerillos já que nem a polícia nem a ambulância pôde entrar pelas dezenas de barricadas. Isto foi o que informou a mídia burguesa, a que insinúa que disparo teria sido feito por um grupo de encapuzados, que o haviam acusado de ser um infiltrado policial. A situaçao nao deixa de nos admirar, a estas alturas pensamos que foi morto por policiais infiltrados na periferia, e que tudo nao é mais do que uma montagem dos poderosos para deslegitimar o acionar dos "encapuzados".

A repressao na Villa Francia foi tal brutal que no "dia sábado 29, realizaram-se invasoes sem ordem judicial, brutais espancamentos a pessoas, lançamento de bombas de gás lacrimogênio às casas, detençoes massivas, etc. Isso foi até altas horas da madrugada, várias horas depois de acabada a manifestaçao". (declaraçao de organizaçoes subversivas e revolucionárias da Villa Francia)

Também na Villa Francia, foram seqüestrados cinco vascos e um francês, pertencentes a um grupo musical, acusados de violar a lei de estrangeria, que proíbe qualquer "estrangeiro", participar de atividades políticas no estado do $hile. Xs garotx, foram expulsxs do país, por representar "um perigo". O único que fizeram foi assistir a um ato artístico na populaçao. A solidariedade de classe, e o internacionalismo, sao sempre castigados pelos estados.

Um especial amanhecer tiveram neste 30 de março, xs que quiseram assistir à missa dominical na catedral castrense (igreja de milicos) na luxuosa comuna de providência. Cerca das 8 da manha, após um chamado de alerta de bomba, foi desativado pelo GOPE um artefato explosivo com sistema de relojaria. Esta catedral já tinha sido objetivo de um atentado incendiário por parte de grupos insurretos.

Da mesma forma no sul do $hile, na comuna de Ercilla, zona do conflito mapuche, jovens realizaram um atentado incendiário, a um caminhao que transladava salmoes. Reivindicou-se terra e liberdade ao povo-naçao mapuche.

Vale lembrar que no 30 de março de 1991, foi ajustiçado um representante da ditadura militar, Jaime Guzmán, ideólogo e ídolo dos fascistas $hilenos, os que ainda choram sua morte no cemitério. Para nós deveriam se extender os combates do 29 a uma festa no 30, para festejar esse fato.

Mas o ódio dos poderosos em nossa contra este 29 se jogou como jauría assassina na comuna de Pudahuel. A marcha organizada pelos coletivos do setor, foi custodiada durante todo o trajeto pelas forças policiais e reprimida brutalmente, muitxs jovens foram detentxs espancadxs e humilhadxs pela polícia nazista. Produto das porradas e da falta de atençao médica; situaçao similar ao ocorrido na Villa Francia; logo de sair da estaçao de polícia, "Johnny Cariqueo Yáñez morreu de um infarto o 31 de março, tras um brutal espancamento feito pelas forças especiais da estaçao de polícia 26 de Pudahuel, minutos depois que fosse inaugurada nessa comuna a praça '29 de março', dedicada axs lutadorxs sociais caídos em ditadura e democracía." (Declaraçao pública das organizaçoes de Pudahuel)

Johnny era um jovem identificado com as idñeias libertárias, membro do coletivo 'Puño en Alto', e solidário com as lutas do povo mapuche. Seu funeral, foi "custodeado" pelas forças repressivas, as mesmas que o assassinaram. Do outro lado nós " nao esqueceremos nem perdoaremos o assassinato de johnny cariqueo".

PELA EXTENSAO DA REVOLTA

"Quem se senta pra esperar que alguma coise mude, e fica chorando seus mortos e vê na juventude o único momento para lutar, está condenado a ser cúmplice da morte de nossos companheiros e da manutençao deste macabro sistema...".

Sao estas datas, lamentávelmente, onde alguns grupos tentam de atribuir-se a convocatória às mobilizaçoes, com a velha concepçao de partidos de vanguarda. Estas datas nao pertencem a nenhum grupo ou sigla de organizaçao ou movimento em particular, é de todxs xs que lutamos. A memória de todos os assassinatos do Estado se articula no enfrentamento com xs rixcxs e sua polícia, nunca por uma sigla, e muito menos por algum partido, sao a expressao concreta da luta de classes.

Nosso papel ativo nesta guerra tem que transformar-se em manter o conflito constante, nao só nestas datas, mas também diz respeito a fazer dela irrecuperável por parte do reformismo e do estado. Nao lhes permitiremos isso nunca. Jamais vamos camknhar junto a eles, estamos em diferentes lados da barricada, o que a atravessa é nosso inimigo de classe, isso nao tem volta, jornalistas, policiais, ministros, prefeitos, empresários, dedos-duro e reformistas.
centxs de jovens lindissimxs, caídxs em combate, tanto em democracia como em ditadura, alimentam o enfrentamento com nossos carrascos, por isso é nosso dever projetar a revolucçao social como objetivo de todo enfrentamento sem deixar espaço algum para burgueses de esquerda ou reformistas.

Somos da geraçao que temos palpado concretamente, como um dia de comemoraçao, pelo assassinato de jovens rebeldes, ocorrido faz 23 anos, que se transformou, num dia de luta contra o capitalismo e tudo o que o sustenta.

Todos xs jovens anticapitalistas que se tornam irmaos no enfrentamento contra a ordem imposto sao sementes de subversao e nossos irmaos de classe. Desde aqui uma saudaçao a todxs xs que em todxs xs povos, estamos claramente e pra sempre deste lado da luta de classes, a impulsar a guerra social...

Por todxs xs que estamos pela destruiçao do capital e a construçao de uma humanidade radicalmente distinta

Juventude Kombatente.


Santiasko. $hile. Março 2008

Prisao Política e Guerra Social no Chile


Breve relato do contexto repressivo chileno::


A luta anarquista e anticapitalista no Chile tem atingido um nível de combatividade considerável. No centro e nas periferias da cidade, centenas de jóvens levantam barricadas ano a ano, no dia a dia, e em comemoraçao das datas de rememoraçao dos jovens que em combate foram sendo assassinados pelo estado nos últimos trinta anos até o dia de hoje. Desde os grupos de esquerda mais radicais como o Movimento Juvenil Lautaro (já extinto), diversas organizaçoes Mapuche até os grupos anarquistas de hoje em dia sao alvo constante de todo tipo de violência por parte do Estado. A Repressao por parte dos organismos de controle do Estado Democrático a todo aquele que se insurja têm sido cada vez mais brutal, demonstrando uma forte herança das práticas repressivas na ditadura, inclusive com um legado legal que justifica toda uma série de invasoes sem mandado judicial a domicílios de subversivos e comunidades Mapuche, detençoes e prisoes arbitrárias, espancamentos, assassinatos, seguimentos, e toda série de práticas de inteligência (ANI- Agência Nacional de Investigaçoes) que junto à mídia burguesa, criminalizam e estigmatizam de lumpen ou delinqüênte a centenas de lutadores/as sociais ao longo do país.
A atual presidenta Michelle Bachelet tem sido muito eficiente e tem assumido um compromisso públicamente de perpetuar a repressao a todxs aquelxs que se revoltam, onde a ANI, Agência Nacional de Investigaçoes desempenha um papel fundamental. Felipe Harboe, Subsecretário do Interior, parabeniza a aplicaçao da Lei Antiterrorista, contra os encapuzados que foram detidos nesta madrugada em Temuco por estar supostamente preparando um ataque incendiário. A Lei Antiterrorista no Chile teve sua gênese durante a ditadura do General Pinochet com o objetivo de perseguir e inclusive aniquilar ao movimento opositor, e continua vigente, os sucessivos governos da Concertaçao de Partidos pela Democracia costumam aplicar essa lei sem fundamento contra as comunidades Mapuche, existem relatórios de diversas organizaçoes internacionais de direitos humanos dirigidos à presidenta demonstrando a inadequaçao (embora a aplicaçao de nenhuma lei possa ser considerada adequada) na aplicaçao dessa lei no caso de comunidades indígenas e onde denunciam o total descaso por parte do governo em relaçao às reinvidicaçoes e várias greves de fome perpetuadas por diversos Presos Políticos Mapuche que já chegaram a 102 dias, como no caso de Patrícia Troncoso.

Neste contexto costumam ser aplicadas a lei de controle de armas (
http://www.bcn.cl/guias/control-de-armas) que até penaliza o porte e/ou uso de coctéis molotov com 3 ou mais anos de prisao. Lei de Segurança Interior do Estado, Lei de discernimento de menores que encarcera menores de 18 anos. Inclusive organismos oficiais e conservadores reconhecem este contexto repressivo, como no Informe Anual sobre Direitos Humanos no Chile 2008, que examina temas tao diversos como as condiçoes carcerárias, as garantias de saúde, a situaçao de povos indígenas, a liberdade de expressao, a justiça militar e o meio ambiente. Informa sobre práticas de tortura e confinamento inclusive em centros penitenciários novos, as condiçoes humilhantes em que se encontram adolescentes privados de liberdade. Desde o histórico Movimento Estudantil de 2006 estao afirmando que o governo de Bachelet criminaliza os diversos protestos sociais, ao reprimí-los e restar-les legitimidade. Para o informe, a protesta social esta sendo progressivamente reduzida por parte da autoridade a atos de violência de caráter irracional, como pode ser lido em declaraçoes e funcionários de governo e nas práticas policiais.

Há cerca de 50 presos políticos no Chile atualmente de acordo com as fontes de informaçao que temos disponíveis, sendo 30 deles Mapuche e a maioria do resto oriundos do Movimento Mapu-Lautaro, organizaçao de esquerda mais radical que combatia a ditadura e praticava expropiaçoes para manter suas atividades políticas (1980-1994), dezenas de ex-lautaristas já passaram pelas prisoes chilenas com uma média de 10 ou mais anos de reclusao. Alguns deles formaram o coletivo Kamina Libre, "coletivo anticarcerário decorrente da discrepância com a direçao do Mapu Lautaro e sua maneira de interpretar a atual realidade social do país e o movimento popular e revolucionário, e o como enfrentas esta nova e já velha fase, que é o confinamento, os levou a romper com sua organizaçao de orígem. Assim, em 1996 produto da perseverança transgressora e o continuar realizando contribuiçoes à causa emancipadora é que constituímos este espaço de trabalho, que pretende refletir o desenvolvimento de um pensamento crítico e autônomo, que se alimenta das contribuiçoes teóricas e de experiências de diversos legados libertário-revolucionários. Essa relfexao insurrecta tem como objetivo principal ser uma contribuiçao è difusao e açao pela liberdade de todxs xs prisioneirxs politicxs do Chile e de aumentar as fendas das correntes e o isolamento deste confinamento com o fim de aproximar e vincular nossa problemática presente desde uma perspectiva subversiva com todxs aquelxs que continuam combatendo e persistindo pela unidade e coordenaçao das diferentes realidades que aspiram ao extermínio da ordem imperante." Assim,varixs delxs sairam às ruas depois do ano 2000 e passaram a questionar a estrutura política de sua velha ideologia e passaram a assumir ideais antiautoritários, passando a integrar as açoes e grupos anarquistas continuando sua luta contra o sistema capitalista e o Estado Chileno.

Em novembro de 2007 é expropiado o Banco Security em Santiago, na fuga dos assaltantes é morto o cabo Luis Moyano. O Estado precisa deseperadamente alguém pra incriminar e cria um espetáculo mediático acusando a 4 exlautaristas de ser os pressuntos autores da expropiaçao, os que se vêm obrigados obviamente a ficar prófugos.

Inmerso no espetáculo armado pela polícia no caso, construído pelo Ministério do Interior e legitimado pelos diferentes meios de des-informaçao, o dia 13 de dezembro de 2007 foram detidos por membros do OS-9: Carlos Sepúlveda Véliz (37), Cristian Godoy Ávila (36) e Axel Osorio Ribera (36), todos eles acusados de ser parte de uma rede de apoio aos expropiadores e de encobrimento, porte e tenencia ilegal de armas. Por falta de provas Axel foi deixado em liberdade no dia seguinte de sua detençao, ato que nao foi bem recebido nem pela fiscalia nem pelo Ministério do Interior, organismos que apelaram imediatamente à medida. Axel foi aprisionado entao novamente e deslocado ao Cárcere de Segurança máxima em Santiago onde se encontra atualmente, foi condenado sem provas a 3 anos e um dia de prisao, num acordo num julgamento abreviado, logo que Axel assumisse os cargos apresentados por um fiscal que anulou toda possibilidade de alegaçao a favor de nosso companheiro, para evitar um julgamento oral que poderia lhe significar uma pena maior. É importante afirmar que este processo se deve em grande parte a Carlos Sepúlveda, que amparado pelo programa de proteçao a testemunhas, dedo-duro que em troca de beneficios e sua absolviçao, colaborou com a polícia, delatando seus companheiros, armando uma casinha para que fossem fotografados e realizou gravaçoes de ligaçoes telefônicas que a polícia utilizou como prova no caso.

No 15 de março de 2008 na cidade de San Martín de los Andes (Neuqén-Argentina) caem presos Marcelo Villarroel Sepúlveda, Freddy Fuentevilla Saa e David Cid Haedo, sendo acusados de portar armas ilegais, documentos falsos e de dirigir ameaças à segurança de um clube noturno ao ter sido negada sua entrada no local. Marcelo e Freddy sao perseguidos desde outubro de 2007 ao ser acusados de participar na expropiaçao do Banco Security em Santiago, desde essa data construiu-se uma espetacular campanha mediática onde sao todos acusados e criminalizados sem nenhuma prova consistente. O governo chileno, fez vários pedidos de extradiçao ao governo argentino, mas eles permanecem lá até hoje para responder aos cargos que devem em território argentino. Esta sendo tramitado um pedido de asilo político em território argentino, pois suas vidas correm sério perigo se forem extraditados ao Chile, além de serem esperados por um julgamento militar onde os juízes sao militares.

No dia 18 de setembro é detida na fronteira argentina, Andrea Urzua Cid, após ter ido numa visita ao penal de Freddy e Marcelo. Os antidepressivos (clonazepam) que portava, se tornaram evidência de supostos explosivos que estaria tentando ingressar ao penal. Atualmente recluída no LAD, em Zapala província de Neuquén, Argentina.
David Cid Aedo, acusado de ajudar Marcelo e Freddy a cruzar a fronteira argentina, foi transferido ao Chile.

Na manha do 2 de outubro foi detido em seu domicílio pela P.D.I Pablo Morales Fuhrimann. O motivo foi uma condena de 4 anos e meio de prisao efetiva ditada pela Quarta Fiscalia Militar de Santiago a raiz do ataque por parte de uma milícia do Mapu Lautaro em contra de um carro da polícia em Cerro Navia para um aniversário das forças rebeldes e populares Lautaro o 5 de outubro de 1992. Antes disso permaneceu 11, um mês e 15 dias ininterruptamente em prisao e logo 5 anos mais de cumprimento penal sob diversas medidas intrapenitenciárias, somando um total de 16 anos. Porém, nenhum só desses 5.840 dias conta nesta última condena. É evidente que o fato dele ter sido o portavoz oficial do caso de Marcelo e Freddy tem uma relaçao direta com a motivaçao da prisao.

Flora Pavez Tobar, prisioneira política recluída no centro penitenciário feminino, Ex C.O.F, tem sido transladada pela polícia do S.E.A.S (Seçao Especial de Alta Segurança) ao A.P.A.C (Associaçao de Proteçao ao Condenado) na seçao de "Processo". Ela esta em prisao desde o 4 de setembro de 2007, ao fechar o processo desde 1993, onde resulta condenada a uma pena de 13 anos devido a sua militância na organizaçao MAPU-LAUTARO. Cinco anos de presídio e 9 assinando foi como Flora já cumpriu sua condena até que em setembro de 2007 o poder resolveu voltar a prendê-la, ignorando o período em que esteve assinando, buscando que cumpra a totalidade de sua condena novamente.

O 29 de Março, data de comemoraçao oriunda do assassinato de Eduardo e Rafael Vergara Toledo passou a chamar-se Dia do Jovem Combatente, onde todos os anos centenas de jovens saem às ruas a se manifestar. Em Pudahuel no 29 de março de 2008 foram detidos Marcelo Dotte, Esteban Huiñiguir, Joaquín Cortés e Alejandra Vila, acusados de preparar os distúrbios e porte de bombas incendiárias, logo da detençao em invasoes domiciliares posteriores encontram uma planta de maconha na casa de um dos acusados. Desta forma a criativa mente do fiscal ameaça com 4 anos por porte de elementos explosivos e 5 por suposto tráfico. Alejandra e Joaquin arriscaram um total de 9 anos, mas conseguiram voltar as ruas e atualmente encontram-se em regime de liberdade condicional. Esteban arriscava 4 anos e Marcelo 5 (suposto líder da quadrilha). Esteban e Marcelo começaram uma greve de fome exigindo sua transferência ao C.A.S (Cárcere de Alta Segurança). A policia resolve transferí-los mas à Seçao de máxima segurança de tal prisao, onde somente tem 2 horas de saída ao pátio e visitas somente de familiares diretos. Esteban Huiñiguir, ex membro do Mapu Lautaro, foi condenado a 3 anos e 1 dia por plantaçao e maconha e 541 dias por microtráfico. Marcelo Dotte López, ex-membro do Mapu Lautaro também foi condenado a 3 anos e um dia, sendo indicado como "chefe de uma quadrilha de subversivos".

No dia 18 de Setembro, Emiliano Mussa (Goyo) foi detido na comuna de La Reina. Goyo, argentino, encontrava-se no Chile como ilegal. Foi acusado de jogar duas bombas molotov contra uma igreja na mesma comuna. No dia seguinte foi transferido à fiscalia e numa audiência fez-se referência a uma suposta testemunha que descreve detalhadamente ao Goyo com características que duvidosamente seríam visíveis à noite e muito menos na distância que se encontravam. Hoje, o Goyo encontra-se preso no centro penitenciário Santiago 1, cumprindo uma prisao preventiva durante 45 dias até o dia do julgamento.

A mais de 73 dias de encarceramento dos jovens estudantes da universidade católica de Temuco, Fénix Delgado Ahumada e Jonathan Vega Gajardo, imputados sob o cargo de conduta terrorista (lei 18.314), pelos eventos incendiários que ocorreram no 30 de outubre de 2008, na comuna de Padre las Casas de Temuco.

Com uma sentença de 8 meses de prisão preventiva durante o desenvolvimento da investigação de suas causas, correndo o risco de condenas que variam de 5 a 20 anos de presídio, sua siruação é a seguinte:

No dia 9 de janeiro é otorgado o benefício cautelar de prisão domiciliar a Jonathan. Fênix permanece preso no centro penitencoário masculino de Temuco.

Consideramos vital não criminalizar a luta pela recuperação do legado cultural de nenhum povo originário, a ampliar o debate a respeito do que significa ser reconhecidx como terrorista e ser castigado por uma lei redigida na ditadura militar de Pinochet, um claro exemplo de terrorismoo de estado, que até hoje continúa se legitimando no governo democrático da concertação.

É de suma importância que os grupos, individualidades e coletivos afins no Brasil participem ativamente desta campanha em solidariedade a nossxs companheirxs presxs no Chile que devido a seu compromisso com a guerra social anticapitalista e anárkika têm caido nas garras do Estado, denunciando sua situaçao, realizando atividades anticarcerárias, atacando como for possível o governo chileno, fazendo doaçoes ou o que sua inspiraçao solidária sugerir.
Interessadxs em fazer doaçoes, mandar recados, obter mais informaçoes, propôr sugestoes, organizar atos em solidariedade... Comunicar-se a:: anticarceraria@gmail.com

O que a mídia burguesa diz sobre os anarquistas no Chile::

Um pouco para rir::


EL MERCÚRIO

QUINTA FEIRA 9 DE JANEIRO DE 2009

Pesquisas em maos do fiscal regional oriente, Xavier Armendáriz:

Relatório chave de investigaçao de bombas identifica dois grupos anarquistas

A análise de inteligência divide aos grupos anarquistas. Óntem, o fiscal nacional Sabas Chauán confirmou que segue a pista deste tipo deorganizaçoes.

JAIME PINOCHET E DAVID MUÑOZ

"Anarcoterrorismo". Esse é o conceito que desenvolvem os fiscais que indagam as 63 explosoes que se registraram na regiao metropolitana desde 2005.

Trata-se da definiçao que utilizam os grupos que estao por trás destes atentados e que foram identificados num informe que consta na pasta de investigaçao dos fiscais Xavier Armendáriz, Rodrigo Lazo e Francisco Jacir.

O documento, ao que acessou "El Mercurio", foi elaborado pelo psicólogo social Erik Marín, especialista em temas de inteligência e que trabalhou com a polícia nessas matérias.
Marín determinou que no Chile existem dois correntes anarquistas, às que diferenciou com "K" e com "Q".

O primeiro grupo de "anarkistas" está conformado por sujeitos que pertencem a tendências de corte literário, culturais, ecologistas e okupas. Habituais dos protestos e mobilizaçoes socais, possuem uma estètica punk ou hardcore. Incluem-se também sujeitos descolados de grupos subversivos (ver quadro). Trata-se de pessoas marginais e inclusive vinculadas ao mundo da delinqüência e com antecedentes penais.

Em troca, os "anarquistas" sao indivíduos que se agrupam em universidades, com redes sociais e relacionados com algums partidos de esquerda.

Sao pessoas mais convencionais ou "corretas", sem antecedentes penais, que cuidam de seu aspecto e alimentaçao, mas continuam sendo antisistêmicos.

Estes grupos copiam modelos europeus, particularmante o "anarco-insurreicionalista", que começou a operar na Itália há oito anos. Por isso, vários dos atentados registrados em nosso país têm sido reivindicados a grupos com nomes de intelectuais anarquistas europeus. Como por exemplo, o grupo Forças Autonômicas León Czogolscz, Antonio Román Román e Severino di Giovanni.

Segundo o relatório do psicólogo social, os autores dos últimos atentados sao uma mistura da "K" e a "Q". Estao unidos numa plataforma de "açao social" contra o "capitalismo".

Por tal razao, investigam-se grupos mapuche, okupas, coletivos anarquistas e bandas musicais de punk rock e hardcore, além de exm-membros de grupos subversivos, tais como o ex lautarista Marcelo Villarroel -preso na Argentina e requerido no Chile pela morte do cabo Moyano-, quem criou a organizaçao "Kamina libre" dentro do Cárcere de Segurança Máxima.
O relatório inclui além disso uma análise de 91 atentados registrados desde 2004, quando realizou-se o Forum Social do Apec em nosso país.

Determinou-se que o objetivo destes atentados sao entidades representativas do Estado, a Igreja e instituiçoes financeiras, localizadas particularmente no setor oriente da capital. Além do mais, os atentados se produzem em horas de baixo fluxo de transeúntes com o objetivo de nao atingir a populaçao.

Chahuán aconselha usar Ley Antiterrorista, diz que é indicado.

O fiscal nacional, Sabas Chahuán, referiu-se óntem à investigaçao que segue o Ministério Público pelo caso das bombas. Consultado sobre a aplicaçao da Lei Antiterrorista em contra dos responsáveis, respondeu que "os fiscais analizarao o caso concreto. Si este, de acordo com a convicçao do fiscal, concorre à Lei Antiterrorista, será invocada e vao contar com meu respaldo".

A respeito dos antecedentes que conhece sobre as organizaçoes que estao por trás destes atentados, Chahuán sosteve que trata-se de diversos grupos anarquistas, com vínculos entre eles, que operam através de células e que realizam manobras de contrainteligência.
Este último dado é o que tem transformado esta investigaçao em caso de "alta complexidade".
Apesar disso, o fiscal nacional garantiu que a causa mostra avanços e que está na espera dos resultados das diligências.

"As polícias sao as que relizam as investigaçoes neste caso e os fiscais somente as dirigem.

Estamos na espera de que essas diligências dêm resultados", afirmou.
A respeito das linhas investigativas, disse que utilizam algumas, mas que nao podem ser comentadas públicamente.

Nos últimos três anos a Fiscalía Nacional tem utilizado diversas estratégias para combater os atentados com bombas. Num primero momento nomeou-se ao fiscal Francisco Jacir para que trabalhasse de forma exclusiva no caso. Posteriormente somaram-se à investigaçao os fiscais Emiliano Arias e Rodrigo Lazo, este último como fiscal adjunto.

Atualmente as indagatórias sao lideradas pelo fiscal regional Xavier Armendáriz.

A aliança mapuche-anarquista que se começou no interior do CAS

Uma aliança mapuche-anarquista é outra aresta acreditada no relatório realizado pelo psicólogo Erik Marín, que descreve como começou a relaçao entre ex subversivos e comuneros mapuche.

A história começou no 9 de agosto de 2002, quando o lonko Luis Ancalaf, Víctor Ancalaf (processado e detento pela Lei Antiterrorista) e os werkenes César Ancalaf e Modesto Ancalaf visitaram no Cárcere de Segurança Máxima (CAS) de Santiago a Marcelo Villarroel, que criou a agrupaçao subversiva "Kamina Libre", conformada por integrantes do Movimento Lautaro. Estes conseguiram tecer redes externas de apoio logístico para facilitar a saída dos chamados presos políticos, entre eles Juan Aliste Vega e o próprio Villarroel.

Este movimento adotou o modelo anarquista insurreicional italiano-griego: enquanto estiveram recluídos, seus membros conseguiram conquistar estudos universitários.

Na Cúpula de 2002 os comuneros solicitaram ajuda para iniciar uma ofensiva de recuperaçao de suas terras no sul do país.

Entre outras recomendaçoes, os subversivos ofereceram desenhar e aplicar estratégias de ataque violento em terreno para reivindicar seus direitos como povo originário.

O estudo conclui sobre essa aresta que "o panorama é pouco alentador, dadas as características dinâmicas que é possível observar no funcionamento destas redes. Isto, porque uma vez acabadas as sabotagens e sentam a repressao do Estado, vêm um período mais duro expresso em açoes contra seus representantes, situaçao que estamos vivendo".

O vínculo do "Grillo", um anarquista com "K"

Gustavo Fuentes Aliaga, vulgo "El Grillo", um jovem anarquista e okupa conhecido no mundo do lumpem, foi detido na madrugada do 1 de janeiro por esfaquear sua companheira. Os fiscais "antibombas" aproveitaram esa conjuntura para investigá-lo, pois trata-se de um conhecedor do mundo "anarkista". Fontas da causa asseguram que entregou pistas e nomes. Inclusive tería reconhecido ter participado na gestaçao de vários atentados. O sujeito está preso pelas lesoes graves que provocou a C.C.M., mas continua sendo requerido pelos fiscais e policiais de inteligência que trabalham no caso bombas.

Segundo a polícia, é um, jovem perigoso. Seus pares o chamam de "tóxico". Seu nome saliu do anonimato em 2004, quando foi detido, juntamente a vários encapuzados, por participar em fatos de violência durante os protestos contra a Cúpula do APEC, no setor de avenida Grécia, próximo do campus Juan Gómez Millas da Universidade do Chile.

Com ajuda de outros violentistas, Fuentes interceptou a um cabo de Carabineros motorizado para agredí-lo e posteriormente queimar sua moto. Foi processado e logo deixado em liberdade. Um ano depois voltou a aparecer quando a polícia desarticulou uma rede de tráfico dentro do campus universitário. Isso nao o fez parar. Voltou às ruas e continuou protestando. Em outubro de 2006 foi relacionado ao atentado incendiário contra o Palacio de La Moneda durante uma comemoraçao do "11". Mas nao era ele. Foi identificado jogando bombas molotov no setor do
Cemitério Geral. Foi detido, formalizado e condenado.

2004

Esse ano registraram-se 15 atentados e o primeiro ocorreu na embaixada do Brasil, no 23 de março.

2005

No ano seguinte houve 11 atentados. A maioria afectou bancos.

2006

O terceiro ano de explosoes começou na ANI. Em total se colocaram 14 bombas.

2007

22 bombas juntam-se à lista. Os objetivos foram bancos e Estaçoes de Polícia.

2008

No ano passado registraram-se 23 ataques. Um deles foi na sede da SOFOFA.

2009

Seis bombas têm sido colocadas este ano. Um día houve quatro ataques.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009