segunda-feira, 6 de setembro de 2010

“…Para nós nao existem nem culpadxs nem inocentes, essas distinçoes sao válidas somente para xs que assimilaram os "valores" do domínio capitalista…”

COLABORAÇAO ENVIADA ANÔNIMAMENTE

SÁBADO 9 DE MAIO DE 2009

* colaboraçao enviada anônimamente

Nao é novidade para nós, ou nao deveria ser, que os grupos de inteligência das polícias de diversos estados estejam estreitamente vinculadas, e trabalham em conjunto nao só para compartilhar a informaçao pontual, mas com a idéia de aprender dos diversos mecanismos e ferramentas de repressao, tanto ideológicos, como tecnológicos e legais.

Neste quadro, devemos estar atentxs, e informar que a Polícia Chilena, esta sendo assessorada hoje pelos organismos da inteligência da polícia italiana, assim como é sabido que o fiscal Marini, ou algum de seus subordinadxs, esteve também no $hile. Nao sabemos desde quando, pode que seja desde sempre (nao é casual que lá o nome seja carabinieri e no $hile Carabineros). Esta assessoria se dá, no contexto das investigaçoes pelos mais de 90 ataques às instituiçoes do poder, nestes últimos anos, reivindicados por anarquistas. A polícia $hilena esta desesperada por mostrar resultados.

O porqué da assessoría da polícia italiana tem elaçao com a razzia repressiva executada pelos carrascos italianos nos chamados “caso Marini” (1994) e “caso Cervantes” (2004).

No “caso Marini”, entre outras, as acusaçoes ficam divididas em "associaçao subversiva”, “bando armado” e “encobrimento”. Isso permitiu que a razzia repressiva atingisse nao apenas a xs que supostamente tinham realizado os diversos ataques ao capital, mas também axs que puderam se considerar como "Rede de Apoio”. Configuróu-se a existência de uma “organizaçao” com dois níveis: “o primeiro nível aberto e público, que é representado pela atividade política no âmbito do movimento, desde os debates nos denominados centros sociais ocupados, até as manifestaçoes, as publicaçoes e os congressos"; e no segundo nível, compartimentado e oculto, cuja finalidade é a comissao de atividades ilegais como atentados, assaltos, seqüestros de pessoas e outros delitos...”.

O “estado italiano desdobrou uma operaçao de razzia sobre aqueles anarquistas de sobra conhecidxs por sua contínua atividade durante anos. A marca de culpado foi atribuída a várixs companheirxs que tinham já causas pendentes”.

Os detalhes jurídico-policiais de ambos casos, seriam muito longos para contar, além de entediantes, mas em síntese sería importante saber que acabaram com um elevado número de invasoes, vasculhamentos e detençoes. A intençao era construir na sociedade a imagem de uma organizaçao anarquista insurreicionalista e se constitur numa "operaçao de castigo, intimidaçao, que nao é só contra xs anarquistas, ma contra todxs aqueles que tentem ver além do pensamento único e do adoutrinamento cotidiano. Quem se opoe ao sistema é registradx, fichadx, e inclusive pode ser detidx com acusaçoes exorbitantes. Castigar a “algumas/uns”, axs que tiver a maior alance, pelo preço que for, com a va esperança de que assim talvez o resto aprenda. Tudo isso demonstra que o Estado/Capital baseia-se na difusao do terror e do medo; além da monotonia cotidiana nao pode existir nada, só o castigo para xs que pretentam olhar além…”.

Acreditamos que é necessário que esta informaçao circula e seja conhecida, já sabemos, que "nossa" ignorância é uma dar armas que mantêm os poderosos para nos manter sob seu jugo. A idéia nao é cair na paranóia imobilizante, numa espécie de psicose coletiva (embora xs covardes sempre existiram), já que é isso o que o inimigo quer para nós. O propósito é estar alerta, entender as claras mensagens enviados pela polícia através de seus históricos aliados, a mídia. Sería inmoral (para dizer o menos) que qualquer um que se diga anarquista, subversivx ou revolucionário se fingisse alheix a toda esta história. Cada uma/um deve saber de que lado da barricada se está.

“…Para nós nao existem nem culpadxs nem inocentes, essas distinçoes sao válidas somente para xs que assimilaram os "valores" do domínio capitalista…”