Anarquistas sequestradxs pelo estado argentino.
Diego Sebastian Petrissans e Leandro Morel foram sequestradxs pelas forças do poder , em Avellaneda, grande Buenos Aires, Argentina, no dia 23 de janeiro de 2006 durante uma operação em conjunto da DDI de Avellaneda com a Divisão de Roubos e Furtos da capital federal.Um terceiro companheiro que no momento levava adiante a Cruz Negra Anarquista de Buenos Aires permanece ainda na clandestinidade, dado que afortunadamente não se encontrava em nenhum dos domicílios invadidos.A operação foi motivada pela denúncia de uma pessoa no momento próxima a um delxs, vinculando-xs a um assalto ocorrido na produtora do empresário Marcelo Tinelli(um magnata dos meios de comunicação).O julgamento aconteceu em outubro de 2006 e durante o mesmo, Diego assumiu as responsabilidades do feito e declarou que Leandro não tinha qualquer envolvimento.Apesar disso e da praticamente nula evidência contra ele, Leandro é condenado a 11 anos e Diego a 10 anos.Leandro foi condenado pela lei Blumberg de presunção de culpabilidade, já que faltavam dois meses para terminar sua liberdade condicional. Por outro lado a declaração da denunciante foi incorporada ao caso mediante a leitura , já que a mesma “não pode ” ser localizada a fim de que compareça a audiência, isto implica que quando esta pessoa prestou declaração a defesa de Leandro ainda não existia como parte, motivo pelo qual nunca teve oportunidade útil e eficaz de controlar o testemunho da citada.Xs dois ficam no presídio de Marcos Paz , grande Buenos Aires, por quase dois anos até primeiro Diego ser transferido ao presídio de Devoto , na capital federal e mais recentemente Leandro que foi transferido em circunstâncias duvidosas a um presídio na província do Chaco.
Situação atual dxs companheirxs:
Leandro:
No dia 6 de abril deste ano(2010) Leandro foi transferido a unidade 7 de segurança máxima , na província do Chaco, uns 1200 km ao norte de onde estava antes.A razão alegada pela polícia para a transferência seria por que teriam “encontrado” bebidas no pavilhão e que “alguém” teria denunciado a todxs que trabalhavam na cozinha, entre elxs estava Leandro.
O companheiro estava estudando e trabalhando na cozinha, faltava-lhe um ponto em conceito para sair as saídas temporárias e, tendo se confrontado com a psicóloga que se esforçava para humilhá-lo, lhe abaixando pontos por puro capricho, muitas vezes infringindo as “normas legais”. Ante esta situação que se repetia,tendo apresentado recursos, consegue uma audiência com o Juiz , que enxerga as irregularidades como coisa cotidiana.
No mês de março , tendo já começado a recuperar a contagem de pontos de conceito, lhe interrompem uma visita para transferi-lo a uma colônia da província de Rio Negro, translado que se interrompe, depois de várias horas de viagem para levá-lo novamente a penitenciária de Marcos Paz, aonde se encontrava.O motivo que alegavam tal translado era por uma investigação sobre um “acerto de contas” que aconteceu no bairro aonde vivia Leandro, na que figura como possível suspeito.Por mais que a família da vítima se proponha a declarar sobre a inocência de Leandro.
Vale ressaltar que as autoridades carcerárias tem feito todo o possível para dificultar a comunicação sobre seu paradeiro e as condições de transferência.Seu translado a província do Chaco se realizou sem conhecimento de suas/seus companheirxs, de sua família e de sua advogada.Seus/suas companheirxs tem conseguido se comunicar com ele através de chamadas telefônicas, e lhe tem enviado um pacote de comida e dinheiro para que sua mãe possa ir visitar-lo. Como o companheiro ainda não tem cela e pavilhão determinados é possível que não cheguem as cartas, por mais que lhe entreguem os pacotes com comida.No presídio onde está há uma linha telefônica para se comunicar com xs detentxs (0054)03722-472184.De qualquer maneira valem as tentativas de escrever ao compa:
Leandro Sebastian Morel
Unidad 7 Av. Las Heras 1555 (CP3500)
Resistência- Prov. del Chaco
Diego:
Durante o mês de dezembro de 2009 e janeiro de 2010, anarquistas sequestradxs em diversos centros de extermínio do globo realizaram uma greve de fome coordenada na que reafirmavam sua vontade de luta e resistência.Diego participou ativamente na mesma, xs companheirxs do outro lado dos muros acompanharam a jornada com diferentes iniciativas, de acordo as inquietações e capacidades de cada.Em todos os casos se manifestou o repúdio as instituições carcerárias e a sociedade que as sustentam.
Por outro lado, no dia 18 de março , um grupo de presxs da unidade 9 de La plata, iniciou uma greve de fome em repúdio ao endurecimento das normas gerais e processuais.O justo de suas reclamações e a gravidade da situação nas cárceres argentinas fizeram com que presxs em diferentes unidades aderissem a greve, incluindo o presídio de Devoto onde está Diego.Neste momento também companheirxs do outro lado dos muros se solidarizam de diferentes maneiras.
Para escrever ao companheiro:
Diego Sebastian Petrissans
CPF Devoto modulo 2 pabellon 5
Calle Bermudez 2651
CP 1417
Ciudad Autonoma de Buenos Aires- Argentina